Moradores de Uruana, na região central de Goiás, se revoltaram com a confirmação da morte de Gabrielly Caroline Dias Rocha, de 10 anos. Após o corpo da menina ser encontrado, na tarde desta terça-feira (23), a população destruiu a casa do suspeito do crime.
A confusão aconteceu no início da noite. A população quebrou e colocou fogo na residência
do homem que está preso e teria confessado o assassinato da criança. Ninguém ficou ferido. De acordo com a polícia, a mulher e a filha do suspeito estão em Goiânia, sob proteção.
Esse foi o segundo episódio de revolta envolvendo o caso. Na noite de domingo (21), uma multidão tentou invadir a delegacia de Uruana, onde o homem estava preso. Por medida de segurança, ele precisou ser transferido para a Delegacia de Homicídios, em Goiânia.
Entenda o caso
Gabrielly estava desaparecida desde a última quinta-feira (18), quando saiu de casa para doar um cachorro. Seu corpo foi achado por uma equipe do Corpo de Bombeiros em um canavial, a 200 metros da mata onde o suspeito havia indicado. A menina estava dentro de um saco de adubo, coberto por uma lona, próximo a uma estrada a 5 quilômetros de Carmo de Rio Verde, cidade vizinha a Uruana.
Segundo informações preliminares da polícia, ela teria sido assassinada com facadas na cabeça. Peritos encontraram sangue na casa do suspeito e vão analisar se o material é de Gabrielly.
A polícia acredita que a criança tenha sido vítima de estupro. De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi, o homem já estuprou um garoto de 12 anos. Ela informou que o processo foi finalizado, mas não soube confirmar quando e onde aconteceu o crime.
Gabrielly foi vista pela última vez com vida na porta da casa do suspeito, que é pai de uma colega dela. No quintal da residência, a polícia encontrou as sandálias que a menina usava quando desapareceu.
Detido para averiguação do envolvimento no sumiço da menina, o pai da colega confessou ter matado a vítima, segundo a polícia. Mas, mesmo com a confissão, a mãe de Gabrielly, Rosana Dias Rocha, 30 anos, tinha esperança de encontrar a filha com vida.
“Eu quero a minha filha viva e quero justiça. Quero que Deus toque no coração dele [suspeito] para ele contar a verdade, onde está a minha filha”, disse em entrevista à TV Anhanguera, na segunda-feira (22).
Do G1 GO, com informação da TV Anhanguera
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