Milhares de pessoas marcharam por Roma neste sábado (27) em um protesto chamado "Dia sem Monti", contra as medidas de austeridade introduzidas no país pelo governo do primeiro-ministro Mario Monti.
A manifestação foi convocada por sindicatos, associações cidadãs e movimentos de
esquerda e também já ocorreu no passado contra o antigo governo de Silvio Berlusconi.
Os manifestantes levavam bonecos gigantes de Monti; da chefe de governo alemã, Angela Merkel; e do presidente norte-americano, Barack Obama.
Os organizadores previam que cerca de 30 mil pessoas participariam da marcha, mas após verem a praça São João cheia de gente, anunciaram que o número de manifestantes foi de 150 mil.
A marcha transcorreu em calma, entre fortes medidas de segurança para evitar incidentes como os que ocorreram no passado, quando os manifestantes entraram em confronto com a polícia. Um pequeno grupo chegou a arremessar ovos e pedras em agências bancárias.
Entre os participantes do protesto estavam várias associações de estudantes, protagonistas nas últimas semanas de várias manifestações contra os cortes na educação implementados pelo governo de Berlusconi e que foram mantidos e ampliados pelo Executivo de Monti.
No dia 20 de outubro, dezenas de milhares de militantes da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), principal sindicato do país, também se reuniram no centro de Roma para pedir "emprego acima de tudo", e anunciaram que se mobilizarão novamente no dia 14 de novembro junto às grandes organizações sindicais europeias.
Nomeado em novembro, quando a Itália viu-se arrastada à crise da dívida da zona do euro, Monti conseguiu a aprovação de severas medidas de austeridade a fim de reduzir a enorme dívida do país, incluindo o aumento de impostos, cortes de gastos e uma revisão das pensões.
"Nós estamos aqui contra as políticas dele, as mesmas políticas de toda a Europa, que levaram a Grécia a se ajoelhar e que está destruindo metade das escolas públicas e da assistência médica na Europa", disse Giorgio Cremaschi, um dos manifestantes.
Monti tem defendido as medidas de austeridade, dizendo que acredita que seu governo tecnocrata será lembrado por ter ajudado a Itália a se livrar de uma profunda crise econômica sem ter de recorrer à ajuda externa.
Do G1, com informações de agências
Com informações da Reuters, Agência EFE e France Presse
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