Mães de adolescentes que seriam vítimas de exploração sexual na Rocinha, na Zona Sul do Rio, prestaram depoimento na 15ª DP (Gávea), na tarde desta terça-feira (30), e negaram saber do envolvimento das filhas com prostituição, como mostrou o RJTV.
Uma das mulheres ouvidas foi mesma que estaria falando ao telefone com a filha, como
mostrou a reportagem. A jovem teria acabado de acertar um programa e estaria conversando com a mãe.
A mãe admitiu que falava ao telefone com a menina, mas negou que tivesse pedido dinheiro.
Ela disse ao delegado que achou que a filha estivesse brincando.
Segundo a polícia, ela vai ser indiciada por crime contra a assistência familiar, por permitir que a filha se prostituísse. A pena pode chegar a três meses de prisão.
Outras duas mães foram espontaneamente à delegacia e reconheceram as filhas nos flagrantes mostrados na reportagem. Para a polícia, não há indícios de que elas soubessem que as filhas se prostituíam.
A mãe de uma das meninas, de apenas de 14 anos, contou que, desde a prisão de Dhemian Alves Lopes, de 24 anos, não sabe onde a filha está.
“Ela sempre falava nesse Dhamian, sempre falava”, afirmou.
Ela teme perder a guarda dos filhos: “Tô com medo de perder a guarda dela, não só dela, como dos outros irmãos dela”, completou.
A mãe de uma jovem de 16 anos se disse indignada com a filha: “Eu trabalho, sol e chuva, sou doméstica. Sempre trabalhei desde pequena, pra chegar a esse ponto? Minha filha fazer vergonha e dizer que a mãe sabia. Eu não sabia era de nada”.
A polícia tenta agora identificar outras pessoas envolvidas na rede de prostituição infantil. As escutas telefônicas autorizadas pela Justiça indicam que, além de Dhemian, pelo menos outros dois homens participavam do esquema.
Do G1 Rio
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