Nas últimas eleições presidenciais, de outubro de 2012, a dona de casa Judy Araujo teve que esperar por mais de uma hora para votar. Neste domingo (14), na eleição que escolherá o sucessor de Hugo Chávez, o processo inteiro levou meia hora. "A instrução foi para vir a votar
de acordo com a idade, os mais velhos estamos vindo de manhã, os mais novos votam de tarde, é por isso que as filas estão muito curtas."
de acordo com a idade, os mais velhos estamos vindo de manhã, os mais novos votam de tarde, é por isso que as filas estão muito curtas."
Neste domingo, o processo eleitoral para escolher o sucessor do ex-presidente que morreu em março de câncer, começou antes das 4 da manhã. Como é tradição, os chavistas iniciaram com o 'toque da diana', música militar usada para acordar aos votantes.
Os mais de 13 mil centros de votação abriram às 06h locais (07h30 de Brasília). Às 8h da manhã, segundo cifras do Conselho Nacional Eleitoral, 86% dos centros de votação estavam funcionando.
'Vamos Comandados quebrar recordes de Participação de nossa Democracia Mobilizada. O Soberano Decidirá o Rumo da Pátria de Bolívar', escreveu o herdeio político de Chávez,Nicolás Maduro, favorito nas pesquistas, em seu perfill no Twitter.
'Está clareando a manhã naVenezuela...Vamos votar! Esperança, Fé e Coragem!', convocou o opositor Henrique Capriles em sua conta.
Segundo a agência Reuters, Maduro tem uma vantagem de dois dígitos na maioria das pesquisas de intenção de voto, em grande parte graças ao apoio que Chávez lhe manifestou antes de morrer de câncer. Mas a diferença entre os dois candidatos diminuiu nos últimos dias de campanha, e uma das pesquisas aponta vantagem de apenas 7 pontos porcentuais para Maduro.
Seu rival, o governador do Estado de Miranda, diz que os venezuelanos estão cansados das políticas divisionistas dos chavistas e que o apoio que vem obtendo cresceu a ponto de lhe garantir uma surpreendente vitória nas urnas.
Maduro, de 50 anos, ex-motorista, enfatiza em todos os comícios a sua origem na classe trabalhadora e promete, se eleito, levar adiante o "socialismo do século 21" de Chávez. "Estamos trabalhando para ter uma vitória gigante. Quanto maior a margem, mais pacífico será o país", disse Maduro, homem de porte robusto. "Se a diferença for pequena, será somente porque eles (a oposição) conseguiram confundir um grupo de venezuelanos".
O vencedor herdará o controle das maiores reservas de petróleo do mundo em uma nação cuja profunda polarização política é um dos muitos legados de Chávez.
Também está em jogo a generosa ajuda econômica concedida por Chávez a governos de esquerda na América Latina, como Cuba e Bolívia.
Os dois lados fizeram um chamado a seus seguidores para votarem cedo e estarem alertas para a possibilidade de fraudes. Considerando a arraigada desconfiança mútua, se houver uma diferença pequena entre os candidatos ou se o resultado for contestado poderá haver distúrbios.
Na eleição presidencial de outubro, na qual Chávez obteve seu quarto mandato, o comparecimento às urnas chegou a 80 por cento. Desta vez, contudo, os dois lados avaliam que a abstenção poderá ser maior por causa da fadiga eleitoral. As primárias da oposição no ano passado se seguiram à dramática reeleição de Chávez, então convalescente, e à votação para escolha dos governadores, em dezembro.
Durante a campanha, Maduro colou sua imagem à de Chávez. Em eventos por todo o país, os seus partidários gritavam "Com Chávez e Maduro, as pessoas estão a salvo!" e "Chávez, eu te juro, eu vou votar em Maduro!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário