Um homem morreu nesta quarta-feira (24) diagnosticado com tétano, em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo. A família de Carleir de Oliveira reclamou da demora na identificação da doença por parte dos profissionais do Centro Municipal de Saúde, confundida inicialmente com um problema de coluna. Há aproximadamente um mês,
Carleir pisou em um prego e foi internado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, um levantamento do prontuário do paciente foi solicitado para que sejam investigados os procedimentos e a conduta médica no caso.
Carleir de Oliveira morreu após ficar um mês internado com tétano, uma doença infecciosa provocada por bactéria. De acordo com a secretaria de saúde, o homem teve complicações causadas pela doença e uma insuficiência renal. De acordo com a esposa, Deuzenir Nicasso, a doença foi causada por um simples acidente em casa. “Ele estava indo se deitar, quando pisou em uma tábua com prego que caiu. A minha filha disse para ele ir a um posto de saúde tomar a vacina”, contou.
Ele procurou o Centro Municipal de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim para tomar a vacina antitetânica e começou a passar mal após três dias. “Eu não concordo dele ter ido ao posto de saúde e ter recebido a vacina, mas não ter recebido o soro, que também deveria ter sido aplicado”, afirmou a filha, Jennifer Nicasso.
De acordo com a família ele ficou com os músculos do rosto e dos braços enrijecidos. Carlier foi ao Pronto Atendimento Paulo Pereira Gomes, mas o médico disse que se tratava apenas de um problema de coluna. Ele foi medicado com um remédio para dor e liberado. Como não houve melhora, a esposa do homem o levou para a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim, onde foi diagnosticado o tétano.
A família pede que o problema seja identificado pela Secretaria de Saúde. “Nós queremos ver aonde está o erro, constatar onde a secretaria está errando para não acontecer com o próximo”, afirmou o filho Carlier Junior.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim informou que o reforço com a vacina antitetânica foi um procedimento compatível com o quadro apresentado pelo paciente, uma vez que o tétano não é identificável por exame, mas sim por quadro clínico.
Do G1 ES
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