A polícia de Bangladesh divulgou, nesta quinta-feira (25), um novo balanço após o desabamento de um prédio nos arredores da capital Daca. Ao menos 170 pessoas morreram e cerca de mil ficaram feridas. O número de vítimas, no entanto, não é definitivo e pode aumentar.
Wali Ashraf Khan, inspetor da central aberta pelas autoridades locais para contabilizar o
número de vítimas, confirmou ao jornal bengalês "Daily Star" a última apuração.
O edifício Raza Plaza, de oito andares e que abrigava quatro fábricas têxteis, ruiu no começo da manhã de de quarta (24) na localidade de Savar, 24 km ao noroeste da capital.
Bombeiros, militares e a polícia resgataram várias centenas de pessoas dos escombros. As buscas por sobreviventes ainda prosseguiam nas primeiras horas da manhã desta quinta.
O vice-presidente da Associação Bengalesa de Fabricantes e Exportadores do Setor Têxtil, S.M. Mannan, afirmou que cerca de 3.400 pessoas trabalhavam no edifício, segundo publicou o jornal local "New Age".
O diretor da polícia Industrial, Mostafizur Rahman, acusou os proprietários das fábricas de ignorar as rachaduras que apareceram no edifício na terça-feira (23), um dia antes da tragédia. "A polícia Industrial pediu aos donos das fábricas que paralisassem as atividades por causa das rachaduras, mas eles ignoraram o pedido e decidiram abrir suas unidades", disse Rahman.
Em linha com essa versão, alguns dos feridos acusaram os donos das fábricas de obrigá-los a trabalhar. "Nenhum de nós queria entrar no edifício, mas nossos chefes nos forçaram", disse Nurul Islam, um dos trabalhadores feridos, ao site de notícias "Bdnews24.com".
Em 2005, 61 empregados do setor têxtil morreram e outros 86 ficaram feridos no desabamento de um edifício de nove andares que abrigava fábricas na mesma localidade onde ocorreu o novo acidente.
Da EFE
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