A deputada Eliane Novais (PSB) criticou ontem a forma como vem sendo conduzido o processo para a construção de uma ponte estaiada sobre o rio Cocó – projeto do Governo do Estado. De acordo com a parlamentar, não está havendo cautela e diálogo em relação ao empreendimento.
“Não conhecemos o projeto, se é o ideal para a cidade nem quais são os impactos que ele provoca”, citou
Eliane. Ela também criticou o fato de a Câmara Municipal ter aprovado, na última terça-feira, 2, a tramitação em regime de urgência para que a ponte seja inserida no sistema viário de Fortaleza. “Não precisa dessa pressa. (...) Se ainda nem tem licenciamento, como é que já estão aprovando?”, questiona a deputada, que deve entrar com um requerimento pedindo a realização de uma audiência pública para debater o tema.
Ontem, o secretário de Infraestrutura, Adail Fontenele, esteve na Assembleia apresentando os principais projetos do Governo. Segundo ele, a ponte vai afetar menos de um hectare da área de proteção do Cocó e não pode ser avaliada apenas com base em sua “plasticidade”, pois, de acordo com o secretário, a via vai desafogar o trânsito no entorno das avenidas Washington Soares e Sebastião de Abreu.
Conforme O POVO publicou na semana passada, um relatório sobre o impacto ambiental da obra diz que a ponte geraria “instabilidade ambiental e desorganização da dinâmica do ecossistema”.
O líder do Governo, José Sarto (PSB), disse que a agilidade se dá pelo “atraso” nas obras de mobilidade, provocado, segundo ele, pela gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). Mas ponderou que o debate ambiental é necessário.
Roberto Mesquita (PV) se disse favorável à ponte, mas ponderou que o mirante ao custo de R$ 50 milhões - também previsto na obra – parece “um pouco megalomaníaco”. (Marcos Robério)
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