Para autoridades paraibanas, não passou de vandalismo. Militantes dos direitos humanos e do movimento negro dizem que foi um ato de intolerância religiosa.
O fato é que a estátua de Iemanjá que fica na praça de mesmo nome na praia turística do Cabo Branco, em João Pessoa, amanheceu "decapitada" no início da semana.
A cabeça foi colocada no chão, ao lado da imagem de concreto, que tem cerca
de 2,5 metros e quase 20 anos. "Foi intolerância. Estamos tristes e indignados. Por que decapitar e deixar a cabeça certinha no chão?", diz mãe Renilda, presidente da federação de cultos afro-brasileiros da Paraíba.
O episódio levou o Conselho Estadual dos Direitos Humanos, presidido por um padre, a publicar nota de repúdio contra o "desrespeito à diversidade religiosa".
Para amanhã, está marcado um ato em frente à estátua, às 9h, por respeito às religiões e mais segurança.
"Não quero acreditar que tenha sido por intolerância. Não temos nada que prove isso ainda", afirma Fernando Milanez Neto, chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural da prefeitura. Ele diz que a estátua foi consertada.
REYNALDO TUROLLO JR.
DE SÃO PAULO / Folha
DE SÃO PAULO / Folha
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