Há 22 dias no Rio de Janeiro à procura de emprego, o cearense Francisco Batista de Souza foi uma das vítimas do acidente envolvendo o ônibus da linha 328 (Bananal/Castelo) do Viaduto Brigadeiro Trompowski, que causou a morte de sete pessoas e deixou outras 10 feridas na terça-feira (2). Segundo a família, Souza era carpinteiro e natural do município de Tarrafas, a 458 km de Fortaleza. Ele tinha acabado de conseguir um emprego quando
aconteceu o acidente e chegou a telefonar ara a mulher para comemorar
Segundo Gilvani Antunes de Oliveira, parente da vítima, a esposa e o filho do carpinteiro haviam falado com ele no dia anterior ao acidente, por telefone. “Ele falou do emprego. Agora ela está muito abatida, é uma perda irreparável”, disse Gilvani. Souza, a esposa e o filho de três anos moravam na zona rural da cidade, no sítio Patos. Conforme Gilvani, foram as dificuldades financeiras que fizeram o carpinteiro sair do Ceará em busca de trabalho.
Primos de Souza, que tinha 39 anos, estão no Rio de Janeiro providenciando documentação. “O corpo ainda não foi liberado”, contou Gilvani, afirmando que é a Prefeitura de Tarrafas quem vai ajudar com as despesas do traslado. A família espera que o corpo embarque para o Ceará ainda nesta sexta-feira (5).
Acidente
Pelo menos dois passageiros relataram uma briga momentos antes de o ônibus 328 cair do Viaduto Brigadeiro Trompowski sobre a pista lateral da Avenida Brasil, sentido Centro, na altura da Ilha do Governador. Segundo as testemunhas, que dizem ter descido do coletivo antes da queda, um passageiro e o motorista estavam discutindo.
A polícia começará a ouvir nesta quinta-feira (4), o depoimento dos feridos do acidente. Conforme mostrou o Bom Dia Rio, o delegado José Pedro da Costa Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), voltou a percorrer os hospitais onde as vítimas estão internadas nesta quinta-feira. Ainda segundo o delegado, o motorista e o passageiro envolvidos em uma discussão serão indiciados por homicídio doloso. Para José Pedro, eles assumiram o risco de matar.
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