O ex-policial militar suspeito de matar um travesti na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, em maio deste ano é considerado pelo delegado responsável pelas investigações um assassino em série. Preso nesta terça-feira (29) em sua casa no Imirim, Zona Norte da capital paulista, o homem de 47 anos já havia sido condenado em 1993 pela morte de três travestis, o que causou sua expulsão da PM.
"Por suas vítimas terem um perfil similar, ele pode ser considerado um serial killer", afirmou o delegado Maurício Guimarães Soares, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Além dos quatro casos atribuídos ao ex-policial, ele também é suspeito de matar outros três travestis entre 1992 e 1993.
Segundo Soares, o suspeito estava livre desde março deste ano, após cumprir pena de 14 anos em regime fechado e de quatro anos em regime semiaberto. Inicialmente, sua pena era de mais de 50 anos.
De acordo com o delegado Antonio Carlos Desgualdo, o ex-PM utilizou o mesmo procedimento em todos os casos. "Ele abordava as vítimas como se estivesse interessado em um programa. Depois de conversar um pouco, ele as agredia e atirava à queima-roupa".
Segundo o policial, em maio o homem usou uma moto e um revólver calibre 38 no crime. A arma ainda não foi localizada. Os crimes anteriores aconteceram nos bairros do Tatuapé, Ipiranga e Lapa. Ainda de acordo com a polícia, o ex-PM nega todos os assassinatos.
O suspeito irá responder por homicídio qualificado e pode ficar preso de 12 a 30 anos. Os delegados acrescentaram que ele será investigado por outros assassinatos de travestis entre 2004 e 2011, período em que ele cumpria pena em regime semiaberto. O ex-PM também é réu por conta do massacre de presos ocorrido no Complexo Penitenciário do Carandiru, em 1992.
Do G1 SP
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