As aulas na escola onde começou o surto de gripe A na cidade de Pedra Branca, Sertão Central do Ceará, vão ser retomadas nesta segunda-feira (28), segundo o diretor José Aurélio Gomes. De acordo com o diretor da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Antônio Rodrigues de Oliveira, na semana passada, o colégio recebeu atestados médicos de 56 alunos, que presentaram sintomas similares ao da gripe A. As aulas estão suspensas desde quinta-feira (24).
A secretaria de saúde da cidade afirma que houve até quinta-feira 50 notificações (registros suspeitos) entre alunos da escola. O diretor clínico do hospital da cidade, Vitor Queiroz, informou ao G1 que, até 22h de sábado (26), foram 162 notificações da doença e 11 casos confirmados, após os exames. “Não tem porque paralisar as aulas”, disse o secretário de saúde do Ceará, Arruda Bastos, em em reunião na manhã de domingo (27) no hospital municipal de Pedra Branca. O encontro deste domingo reuniu representantes do estado e município para debater estratégias de prevenção e controle da doença na cidade.
A diretora administrativa do hospital da cidade, Geânia Landim, disse que funcionários responsáveis pela limpeza da escola receberam instruções do departamento de enfermagem para realizarem a pulverização dos móveis e outros ambientes que ofereçam riscos à saúde dos estudantes. A escola tem apenas dois funcionários que realizam esses serviços e o secretário Arruda Bastos ressaltou a importância de aumentar esse número para agilizar a prevenção.
O diretor geral da EEEP, José Aurélio Gomes, considera que possível prosseguir com as aulas sem por em risco a saúde dos alunos, “Isolamos o bebedouro e pedimos que cada aluno traga de casa a própria garrafa com água”, orienta. O titular da pasta de saúde do estado comentou também a importância do papel dos professores e coordenadores da instituição na prevenção. “O problema não está na escola. Se mesmo com todas as orientações, os pais permitirem que os filhos assistam às aulas apresentando sintomas, o professor deve barrar já na entrada da sala de aula”, afirma. Outras medidas citadas por Bastos para prevenir a proliferação na escola é evitar dividir lanches, o uso do ar condicionado e abrir as janelas das
salas de aula.
Mãe quer que filhos fiquem em casa
“Meus filhos não têm condições de voltar à escola, agora”, disse Eranir Carnaúba, mãe de dois alunos da EEEP, que permaneceu neste domingo na recepção do hospital da cidade acompanhado a situação do filho, Samuel Carnaúba, internado com sintomas da gripe A desde sábado (26). Ela diz que é importante o retorno das aulas, mas entende a importância de não mandar os filhos ainda doentes para a escola. “A Kézia não conseguiu nem vir comigo porque ainda fica tonta quando anda e meu filho ainda está com febre e internado. Não quero que eles piorem ou contaminem outras pessoas”, comenta.
G1 - CE
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