Muitas pessoas adoram ser surpreendidas, mas para Caitlin Wallace, qualquer som inesperado pode fazer com que ela tenha um colapso e perca o movimento dos músculos.
A mulher de 26 anos sofre de cataplexia, que faz com que seus músculos fiquem fracos ao sentir momentos de extrema emoção, como risadas ou medo. Essa doença paralisa a face e deixa a musculatura dos joelhos fraca até a pessoa não conseguir se mexer e cair.
Coisas simples como o toque de telefone, encontrar com amigos de longa data ou receber cartas a fazem ter pelo menos 20 colapsos durante o dia.
Essa paralisia dura alguns minutos e ela fica sem conseguir enxergar nada do que se passa, mas escuta tudo o que as pessoas dizem a sua volta.
Wallace conta que no início as crises eram menores e aconteciam principalmente quando ela estava dando risada. "Depois passou para quando eu ficava surpresa ou chocada. Tenho colapsos só do telefone tocar enquanto eu o estou segurando", contou ela ao Daily Mail.
Graças à cataplexia ela não consegue tentar se segurar ou evitar uma queda mais brusca, portanto ela está sempre coberta de roxos, cicatrizes e machucados.
Os sintomas do problema tiveram início em fevereiro do ano passado e depois do primeiro colapso ela foi ao hospital com suspeita de infarto.
Encaminhada para um neurologista, Wallace fez exames e raios-X do cérebro, e depois foi diagnosticada com cataplexia e narcolepsia, responsável pelo sono excessivo que sentia durante o dia.
A doença a impediu de continuar dirigindo e trabalhando. "Eu pegava muito no sono durante o dia, mesmo trabalhando, e também cometia muitos erros pelo cansaço que eu tinha", explicou ela.
De acordo com o médico Paul Reading, da Universidade James Cook, pessoas com narcolepsia tem falta de um composto químico no cérebro que regula o sono, sem ele essas pessoas não conseguem permanecer acordadas por mais de poucas horas.
No caso da doença de Wallace, ela só ocorre em quem tem narcolepsia e ataca toda vez que ocorre qualquer tipo de emoção intensa.
A doença pode ser tratada com antidepressivos, não pelo paciente estar nessa condição, mas porque os medicamentos inibem os colapsos.
Do UOL Ciência e Saúde
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