"A sala toda ficou doente", diz a estudante Bruna Renata, 18 anos, internada no último sábado (26) no hospital municipal de Pedra Branca, a 261 km de Fortaleza, com suspeita de estar infectada com o vírus da gripe A. A secretaria municipal da cidade afirma que dos 71 casos notificados até quinta-feira (24), 50 são de alunos da escola Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Antônio Rodrigues de Oliveira.
A EEEP Antônio Rodrigues de Oliveira foi inaugurada este ano e iniciou as aulas com quatro turmas de 1º ano de ensino médio com aulas de enfermagem, agronegócio, carpintaria, enfermagem e informática.
A estudante Kézia Carnaúba, 16 anos, também aluna da EEEP permaneceu toda a noite de sábado na recepção do hospital municipal da cidade esperando alguma melhora do irmão de 15 anos, que apresenta os sintomas da gripe A e internado para observação em um dos leitos. Ambos são alunos de enfermagem na EEEP. “Na quarta-feira saímos mais cedo e desde quinta-feira não temos aula”, relata Kézia.
A aluna disse ainda que a maioria dos 45 alunos do 1º ano do ensino médio que fazem o curso de enfermagem da instituição apresentaram sintomas e procuraram o hospital da cidade há uma semana. “No sábado passado, começaram a surgir os primeiros casos na minha classe e depois todo mundo piorou de uma vez”, conta.
O irmão de Kézia, Samuel Carnaúba, 15 anos, chegou ao hospital acompanhado da mãe e da irmã por volta de 19h dizendo estar sentido dor de cabeça e febre muito alta, além de já ter vomitado. O quadro clínico fez com que ele fosse colocado em um dos leitos para observação.
Segundo a chefia de enfermagem do hospital, além dele, outros dois pacientes, sendo um deles também aluno da escola profissionalizante, estavam mesma situação até as 22h de sábado. “Estou me sentindo um pouco melhor”, disse Samuel duas horas após ser internado.
Outro aluno da escola profissionalizante, o adolescente Antonio Douglas, 16 anos, também procurou o hospital acompanhado da mãe na noite de sábado e conta como foi a proliferação na turma em que estuda. “Foi tudo de uma vez. Começamos a tossir e, alguns eram liberados para casa durante a semana e, depois, quase todos estavam na mesma situação”, explica.
Douglas foi atendido pelos enfermeiros e saiu do hospital com uma amostra de soro para colocar no nariz e a orientação de se manter hidratado
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Elias BrunoDo G1 CE, em Pedra Branca
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