“Diante da iminência de uma nova greve ser deflagrada na assembleia de sexta-feira, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) está fazendo consultas jurídicas sobre a possibilidade de “substituição imediata” de professores que não comparecerem às aulas a partir de segunda-feira. “Estamos avaliando as alternativas para substituição e medidas também de responsabilização, porque eu acho que já tivemos o suficiente tempo de negociação”, disse a titular da pasta, Izolda Cela.
Segundo ela, a Secretaria tem feito o que pode para atender as reivindicações dos professores. “Trabalhamos durante um mês com reuniões praticamente diárias, seja na comissão maior, seja na técnica, seja em estudos mais específicos de planilhas. Chegamos no limite do que é sustentável para o Estado, no limite daquilo que é viável, porque passar daí é ter uma atitude irresponsável”, garantiu, acrescentando que não tem mais rodada de negociação prevista.
Ontem pela manhã, a secretária recebeu em seu gabinete uma comissão de pais de alunos, para falar sobre prejuízos da greve e da possibilidade de uma nova paralisação. Ela explica que teve oportunidade de apresentar o que o Governo vem fazendo para cumprir a parte que lhe cabe. Izolda abordou ainda a proposta apresentada pelo Governo, comparando-a com a de outros Estados. “Nenhum Estado teve uma proposta com grau de atendimento das reivindicações como o Ceará”, garantiu.
O presidente do Conselho Estadual do Fundeb, Geraldo Magela, que representa pais de alunos no Conselho, participou da reunião. Segundo ele, a principal preocupação é a iminência dos alunos ficarem novamente sem aula. “Estamos apavorados. Já foram 63 dias na greve passada. Aí a gente resolveu se mobilizar para cobrar o governo”, disse.
Magela destacou que as famílias não estão fazendo movimento contra professores ou Governo. “É um movimento pró-aluno”.
Apeoc
Enquanto isso, o Sindicato dos Professores no Estado do Ceará (Apeoc), continua realizando encontros regionais no Interior para apresentar e “dissecar” a proposta apresentada pelo Governo do Estado. “O objetivo é fundamentalmente ter uma assembleia com muita representatividade”, disse o vice-presidente da Apeoc, Reginaldo Pinheiro.”
O POVO
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