sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mulher que ateou fogo no namorado em Franca, SP, é condenada à prisão

Jovem corre em chamas em posto de combustíveis em Franca, SP (Foto: Reprodução EPTV)

 Justiça de Franca (SP) condenou a 5 anos e 4 meses de prisão uma balconista que ateou fogo no próprio namorado em um posto de combustível na Avenida Major Nicácio, no bairro Vila Santa Cruz. O crime aconteceu em novembro de 2012 e Lidiqueli Regina Matias, de 29 anos, foi a júri popular na tarde desta quinta-feira (5). A pena prevista para o crime é de 12 anos de reclusão, mas o juiz Paulo Sérgio Jorge Filho entendeu que a ré agiu sob forte emoção durante uma discussão entre o casal e reduziu a condenação.

O caso ocorreu na madrugada de 24 de novembro do ano passado e foi registrado pelas câmeras de segurança do posto. As imagens flagraram o momento em que o sapateiro de 23 anos corria em chamas após ter sido incendiado com um líquido inflamável jogado pela mulher. O jovem, que passou três meses internado com graves queimaduras, contou que a namorada havia se irritado por ele se negar a lhe dar dinheiro para comprar drogas.
A balconista teve a prisão preventiva decretada no dia 2 de abril deste ano, mas só foi capturada pela polícia em maio, após várias diligências. Em depoimento na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Lidiqueli alegou que havia sido agredida e humilhada pelo namorado dentro do posto e, por isso, teria agido de forma violenta, jogando gasolina e depois ateado fogo na Atenuantes
Na sentença, o juiz responsável entendeu que a pena prevista de 12 anos deveria ser reduzida em um terço pelo fato de o crime ter permanecido na tentativa de homicídio, uma vez que a vítima se recuperou e não morreu.
O magistrado também diminuiu em mais um terço a penalidade, ao considerar que a ré ateou fogo no namorado durante uma briga do casal e que agiu sob forte emoção. Levando em consideração a gravidade do delito, considerado hediondo, Jorge Filho decidiu que Lidiqueli deve cumprir a pena em regime fechado, mesmo sendo ré primária.

A mulher permanece presa na Cadeia Feminina de Franca, mas deve ser transferida na próxima semana para uma penitenciária feminina, ainda não definida.

Por telefone, o advogado que defendeu Lidiqueli no processo, Carlos de Oliveira, informou apenas que não vai recorrer da decisão tomada pelo júri.vítima.
Do G1 Ribeirão e Franca

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