Os nove suspeitos presos pela operação que investiga a existência de uma rede de prostituição de luxo no Distrito Federalforam liberados nas primeiras horas deste sábado (7), informa o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier.
De acordo com Xavier, a prorrogação das prisões temporárias foi pedida no meio da semana, mas não houve autorização da Justiça. O indeferimento do pedido saiu na noite desta sexta, por volta das 19h. Em até 30 dias, o inquérito deve ser concluído, informa a Polícia Civil.
Suspeita de chefiar o suposto esquema, Jeany Mary Corner está entre os liberados. Jeany teve o nome citado durante as investigações da CPI dos Correios, em 2003.
Na época, ela foi apontada como agenciadora de garotas de programa de luxo que prestavam serviço para políticos em Brasília. A mulher negou envolvimento e disse que trabalhava como promotora de eventos.
Para a delegada Ângela Maria dos Santos, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), a soltura dos presos coloca em risco a investigação. Ela disse que há relatos de ameaças contra as testemunhas e que, depois que os suspeitos foram presos, várias pessoas e novas vítimas procuraram a delegacia para fazer mais denúncias.
Investigação
A titular da Deam, Ana Cristina Melo Santiago, contou que a investigação começou depois que várias garotas de programa procuraram a polícia relatando que estavam sendo extorquidas e ameaçadas pelas chefes da quadrilha quando tentavam deixar a atividade.
De acordo com a Deam, as chefes do esquema mantinham uma agenda de clientes bem farta. A partir dessa agenda, programavam encontros e combinavam preços, valores e comissões que receberiam pelo serviço.
Duas garotas de programa receberam R$ 10 mil para passar um fim de semana na Paraíba com clientes. As aliciadoras recebiam parte desse dinheiro, mas a delegada não soube informar a quantia.
Do G1 DF
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