A produção de rã está ganhando espaço em Goiás – estado que já foi um produtor de destaque. Além de vender para o mercado interno, os criadores querem retomar as exportações.
A ranicultura é uma atividade nova para os produtores Reginaldo Martins e Nides Cordeiro.
Na propriedade de gado de leite que fica em Jataí, região sudoeste de Goiás, foram instalados
tanques de reprodução e baias de engorda. Eles criam 10 mil animais e resolveram investir na atividade pensando em um complemento de renda. O quilo do animal vivo é vendido por R$ 10 para São Paulo e o Rio de Janeiro.
Os criadores de rãs de Goiás dobraram a produção de quatro anos para cá e não é por causa dos novos produtores que a atividade voltou a ganhar espaço.
Há 10 anos, muitos ranários foram desativados por causa da queda na exportação da carne de rã para os Estados Unidos, mas com o cenário favorável, tem gente voltando a investir.
Dinis Lourenço da Silva está há 35 anos neste negócio. Com a queda nas exportações, ele decidiu dar uma pausa na produção, mas de quatro anos para cá, reativou o ranário e agora está com 50 mil rãs na engorda.
O ranário fica em uma fazenda em Anápolis. Há dois anos, Dinis construiu um frigorífico, onde são abatidas 15 mil rãs todos os meses. “Nós direcionamos toda nossa produção para o mercado interno, estamos colocando toda nossa produção e, inclusive, ampliando nosso ranário”, diz. Ao abater as rãs na propriedade, ele consegue agregar mais valor e chega a vender o quilo por R$ 32. O custo de produção é de R$ 18.
O bom momento levou a Associação dos Criadores de Rãs do estado a desenvolver um projeto que tem o apoio do Ministério da Pesca e que está previsto para ser colocado em prática em 2014. A proposta é incentivar a ranicultura em pequenas propriedades rurais. Os tanques serão construídos com dinheiro do governo federal. A iniciativa envolve 156 famílias de várias partes do estado. O desejo é ampliar as atividades e retomar as exportações.
Do Globo Rural
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