A emissora de TV estatal da Coreia do Norte mostrou nesta sexta-feira (13) imagens de Kim Kyong-hui, esposa do recentemente executado Jang Song-thaek e tia do atual líder, o que poderia indicar que ela não foi incriminada pelo regime.
A situação e o paradeiro da irmã do pai de Kim Jong-un é uma incógnita desde que a imprensanorte-coreana anunciou nesta sexta a execução de seu marido, acusado de traição e
conspiração contra o regime, além de outros crimes.
No entanto, o canal "KCTV" imagens que mostravam Kim Kyong-hui ao lado do líder, informou hoje a agência japonesa "Radiopress", especializada na monitoração dos meios de comunicação da Coreia do Norte.
Acredita-se que as imagens correspondam à visita que Kim Jong-un fez ao Palácio do Sol de Kumsusan, onde estão sepultados os restos mortais de seu avô e fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, em dezembro do ano passado.
O atual líder também estava acompanhado nesse dia por Jang Song-thaek, mas as imagens foram editadas e Jang foi eliminado da montagem final, segundo a "Radiopress".
A última vez que Kim Kyong-hui foi vista publicamente foi no dia 10 de setembro deste ano, quando compareceu a um espetáculo junto com seu sobrinho Kim Jong-un.
A eliminação de algumas cenas de um documentário exibido pela televisão norte-coreana nas quais aparecia Jang no último sábado foi interpretada como uma indicação de que se confirmava sua destituição, antecipada alguns dias antes pelos serviços de inteligência da Coreia do Sul.
Até cair em desgraça, Jang ostentava vários cargos no Partido dos Trabalhadores, o braço político do regime, entre eles o de vice-presidente da poderosa Comissão Nacional de Defesa.
Além disso, Jang era considerado uma figura chave no processo de consolidação no poder de seu sobrinho, o "líder supremo", desde a morte de seu pai, o ditador Kim Jong-il, em dezembro de 2011.
Jang Song-thaek e a tia do atual líder se conheceram na Universidade Kim Il-sung, a mais prestigiada do país.
Apesar de o fundador e então líder da Coreia do Norte, Kim Il-sung, ter sido contra a relação de Jang com sua filha no início, os dois finalmente se casaram por volta de 1971 e nas décadas seguintes aconteceu o avanço político de ambos no regime, no qual foram assumindo posições cada vez mais importantes.
Da EFE
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