As forças de segurança jogaram neste domingo (1) gás lacrimogêneo contra os manifestantes antigoverno que tentam ocupar a sede do Executivo, em Bangcoc,Tailândia, protegida com blocos de concreto e milhares de policiais e soldados.
Antes disso, os manifestantes invadiram um prédio de Relações Públicas do Governo, segundo testemunhas.
Um porta-voz do governo tailandês negou que a invasão tenha ocorrido.
No sábado (30), pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após os confrontos entre simpatizantes e opositores da premiê Yingluck Shinawatra.
Há um mês os tailandeses protestam contra Yingluck e seu irmão Thaksin.
Antigo primeiro-ministro do país, ele foi tirado do poder por meio de um golpe em 2006 e continua atuando na política apesar de seu exílio.
O governo tenta evitar maiores confrontos diante de uma oposição que multiplica sua atuação, ocupando ou cercando ministérios e edifícios públicos desde a última segunda-feira.
Após o recorde de mais de 150 mil pessoas reunidas no último domingo, a tendência é que este número aumente neste domingo.
Os líderes do movimento convocaram uma nova grande mobilização antes do aniversário do rei Bhumibol, no próximo 5 de dezembro.
"Primeiro de dezembro será o dia da vitória", prometeu na noite de sexta-feira Suthep Thaugsuban, antigo vice-primeiro-ministro e líder do movimento, que rejeitou os pedidos de aproximação do governo.
Ele anunciou novos alvos para este domingo e pediu para que os manifestantes caminhem até a sede do governo, sob forte proteção.
Em 2010, 100 mil manifestantes ocuparam o centro de Bangcoc para pedir a queda do governo, antes de um golpe das forças armadas.
A crise deixou 90 mortos e causa temor em relação a excessos, especialmente ao se aproximar o fim de semana, quando pode ser registrado um aumento no número de manifestantes, como no domingo passado, quando 150 mil pessoas se reuniram.
Num país que já passou por 18 golpes de Estado ou tentativas de golpe desde o estabelecimento da monarquia constitucional em 1932, o exército pediu para que os manifestantes não tomem partido.
Do G1, em São Paulo
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