Está proibido de se aproximar do filho e da ex-mulher o pecuarista que há três semanas agrediu o garoto de 16 anos por não aceitar a homossexualidade dele, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o delegado de Polícia Civil, Paulo Henrique Rosseto, a decisão judicial determina que o indiciado por tortura e injúria fique a mais de 200 metros de distância do
adolescente e da mãe.
Conforme o delegado, o inquérito sobre o caso que aconteceu em Três Lagoas, distante 338 quilômetros deCampo Grande, foi concluído nessa quinta-feira (15) e já está com o Ministério Público Estadual (MPE). Ainda não houve denúncia à Justiça.
Segundo a Polícia Civil, o menino foi agredido pelo pai na madrugada do dia 29 de julho, na própria casa, depois na residência da avó e por fim a caminho do hospital, onde ficou um dia internado. Ele teve lesões nas pernas e no rosto. Os ferimentos foram considerados pela perícia como de natureza leve, de acordo com informações do delegado.
Testemunhas, o garoto, a mãe e o pai foram ouvidos. De acordo com a polícia, à exceção do pecuarista que ficou em silêncio, os demais confirmaram que o adolescente foi agredido devido à opção sexual.
Rosseto informou que com a medida protetiva, se o pai se aproximar do filho e da ex-mulher, estará cometendo crime de desobediência e ele poderá ter “medidas mais severas”, como permanecer em casa em horários especificados pela Justiça.
Mãe e filho saíram da casa onde moravam com o suspeito. Em entrevista ao G1 na quarta-feira (14), a mulher disse que o adolescente está em tratamento psicológico devido às agressões e que o ex-marido agiu por preconceito.
Nadyenka CastroDo G1 MS
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