A Agência de Segurança Nacional (NSA) violou as normas de segurança ou excedeu suas funções milhares de vezes ao ano desde 2008 em programas de vigilância, informou nesta quinta-feira (15) o jornal "Washington Post".
O documento, datado em maio de 2012, registra 2.776 incidentes de armazenamento ou acesso as comunicações protegidas dos cidadãos, por e-mail ou telefone, nos 12 meses precedentes.
Além disso, o documento ressalta que a maior parte aconteceu sem intenção e muitos deles tiveram como origem erros informáticos ou erros tipográficos.
Em um dos exemplos, o documento menciona como a NSA interceptou uma "grande quantidade" de chamadas efetuadas desde Washington quando um erro de programação confundiu o código telefônico 202 (de Washington D.C.) com 20, o internacional para o Egito.
"Somos uma agência dirigida por pessoas que operam em um contexto complicado sob diversos regimes normativos, portanto, às vezes, nos encontramos no lado errado da linha", indicou ao "Washington Post" um funcionário da NSA.
Estas informações procedem dos arquivos divulgados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden ao "Washington Post" há dois meses.
Até agora, a Administração do presidente Barack Obama não ofereceu informação precisa acerca sobre o grau de cumprimento dos sistemas de supervisão destes programas de vigilância.
O próprio Obama instou há uma semana a desenvolver reformas nos sistemas de espionagem para torná-los mais transparentes e reforçar a confiança dos americanos.
GRAMPOS NOS EUA
O programa | O Prism é um programa de inteligência secreta americana que daria ao governo acesso aos dados de usuários de serviços de grandes empresas de tecnologia | |
Quais dados? | Não se sabe exatamente, mas qualquer informação poderia ser consultada. O jornal 'Washington Post' cita e-mail, chat, fotos, vídeos e detalhes das redes sociais | |
Quem sabia? | Segundo Obama, o programa foi aprovado pelo Congresso e é fiscalizado pelo Poder Judiciário no país. Todas as empresas negaram participação | |
Funcionamento | De acordo com fontes do jornal britânico 'The Guardian', o governo poderia ter acesso aos dados sem o consentimento das empresas, mas, como eles são criptografados, precisaria de chaves que só as companhias possuem | |
Empresas possivelmente envolvidas | Microsoft, Google, Facebook, Yahoo, Apple, Paltalk, Skype, Youtube, AOL |
De Washington
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