A diretoria do Flamengo voltou a discutir a construção de um estádio próprio, o que inclui consultas preliminares feitas à construtora Odebrecht. Ainda crua, a ideia da atual gestão é levantar uma arena na Gávea para 25 mil pessoas.
O grande empecilho para uma casa rubro-negra à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas é obter licenças das autoridades públicas por conta do impacto de trânsito no local. Já houve outros
projetos anteriores barrados por esse motivo.
Quando negociava o contrato com o Consórcio Maracanã, a diretoria voltou a cogitar erguer seu estádio. Mas foi quando o acordo tampão com o grupo liderado pela Odebrecht concretizou-se que surgiram conversas mais intensas sobre a Gávea.
Cartolas rubro-negros manifestaram o desejo de erguer sua casa aos executivos da construtora. Seria uma arena para os jogos de porte médio e pequeno, enquanto o Maracanã continuaria a ser usado em partidas grandes. A empreitera manifestou simpatia e interesse na ideia, já que a considera viável, segundo apurou o blog.
Mas a Odebrecht entende que, para se envolver em um projeto assim, será necessário antes obter todas as licenças com as autoridades públicas que permitam a construção do empreendimento. Por isso, as conversas ainda são bem preliminares porque dependem de um estudo de viabilidade do projeto.
E não é a primeira vez já que a empreiteira e o clube discutiram o estádio da Gávea em outras gestões rubro-negras, e isso não foi à frente. A diferença é que desta vez poderia envolver o acordo do Maracanã. Além disso, a construtora se especializou em arenas, incluindo sua gestão.
Na reunião do Conselho Diretor do Flamengo, nesta segunda-feira, o projeto do estádio próprio foi debatido com a presença do ex-presidente do clube Mário Braga. Ele é um dos maiores defensores da ideia dentro do clube. Para ele, a própria negociação com o Maracanã passa por uma contrapartida de investimento na Gávea.
“Ou corre-se o risco de fechar com o Maracanã e o contrato não passar no Conselho Deliberativo. Eu mesmo posso votar contra dependendo do modelo”, afirmou ele, que apoiou a atual gestão na eleição, mas hoje se considera de centro.
Braga desconhecia a consulta feita à Odebrecht. Mas disse que o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, lhe fez perguntas sobre as licenças para a construção do estádio na Gávea. Na reunião, não estavam presentes os vices de futebol, Wallim Vasconcelos, e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, dois dos principais membros da cúpula rubro-negra.
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