A investigação do assassinato do músico Carlos Eduardo Mendes, de 32 anos, indica que o crime pode ter tido motivação passional. Filho do coreógrafo Carlinhos de Jesus, Dudu era integrante do grupo Samba Firme e havia se apresentado no Boteko Carioca, em Realengo, pouco antes de ser executado com oito tiros na madrugada de sábado.
Testemunhas ouvidas na Divisão de Homicídios (DH) confirmaram que Dudu havia tido um desentendimento com um PM. Ligado a uma milícia da região, o policial teria iniciado a discussão com o músico por ciúmes. O pivô seria uma jovem com quem o PM teria mantido uma relacionamento. A versão investigada pela DH também é citada em telefonemas recebidos pelo Disque-Denúncia (2253-1177), que contabilizou 15 ligações sobre o crime até as 17h de terça-feira.
Na última segunda-feira, o delegado Felipe Ettore, da DH, afirmou que a morte de Dudu tem características de execução. O policial, contudo, evitou entrar em detalhes sobre o suposto motivo. Na ocasião, Ettore disse que a forma como o assassinato foi praticado, sem que nenhum objeto de valor da vítima tenha sido levado, reforça a hipótese de vingança.
Dudu foi surpreendido pelos matadores quando deixava o Boteko Carioca. Os assassinos estavam de moto e atacaram o músico quando ele atravessava a Avenida Marechal Fontenelle para pegar o carro.
O Globo
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