A quebra na divisória entre arquibancada e campo que resultou na queda de 10 torcedores do Grêmio no fosso da Arena na quarta-feira pode gerar a interdição da área no estádio. Tal afirmação foi feita pelo comandante do 1º Batalhão de Operações Especiais, Kleber Rodrigues Goulart. Enquanto isso, o clube se diz surpreso com a falha estrutural.
Ao comemorarem o gol de Elano, que significou a vitória do Grêmio por 1 a 0 contra LDU e posterior classificação à fase de grupos da Libertadores nos pênaltis, os torcedores do Grêmio fizeram a avalanche - movimento característico da torcida que consiste em descer rapidamente as arquibancadas. Porém, ao chegarem no último lance, separados do fosso só por uma divisória, os aficionados forçaram a estrutura, que quebrou e muitos caíram.
"É uma questão de engenharia. Temos que primeiro observar e depois poder analisar com calma o que aconteceu. Foi um fato inesperado, estamos surpresos com tudo isso que aconteceu", disse Eduardo Antonini, representante da Grêmio Empreendimentos, também à Rádio Gaúcha.
Dos 10 torcedores que caíram no fosso, oito se feriram. Desdes oito, três foram transferidos ao Hospital de Pronto Socorro da capital. Felizmente, nenhum ferimento foi mais grave e todos acabaram, posteriormente, liberados.
"Sempre quisemos preservar a avalanche. Vamos tentar analisar tudo com calma e chegar a uma solução", disse Antonini.
A Polícia Militar sempre pediu a colocação de cadeiras na parte destinada a arquibancadas na Arena do Grêmio. Com o ocorrido, a pressão para isso ficará ainda maior.
"Foi horrível. Em um momento importante do jogo, quando crescemos, o ambiente do estádio estava a nosso favor, eles [LDU] começariam a ter medo, mas com o que aconteceu, o jogo ficou seis minutos parado. Não pode, isso prejudica o time. O pessoal tem que ter calma. Aquilo foi muito ruim para nós. Quando reiniciou, os adversários já estravam mais tranquilos", afirmou Vanderlei Luxemburgo.
Além do fato e da possível interdição da área, o ocorrido será ainda relatado em súmula e pode prejudicar o Grêmio na Libertadores.
Do UOL, em Porto Alegre
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