Um tribunal egípcio condenou neste sábado (26) à pena de morte 21 pessoas julgadas pelo massacre no estádio de Port Said, onde 74 pessoas morreram em enfrentamentos entre torcedores de dois clubes de futebol rivais em fevereiro de 2012, segundo a agência Reuters.
No total, 73 pessoas foram julgadas pelo envolvimento nas mortes – destas, 21 foram
condenadas à morte.
A Justiça ordenou que os acusados restantes permaneçam presos até a sentença definitiva.O juiz responsável afirmou que irá anunciar o veredito dos outros 52 acusados no dia 9 de março. Entre as pessoas em julgamento estão nove membros dos serviços de segurança egípcios.
A autoridade religiosa egípcia ainda irá revisar a sentença.
Em fevereiro de 2012, 74 pessoas morreram em Port Said após uma partida de futebol entre o grande clube do Cairo Al-Ahly e uma equipe local, o Al-Masry.
Esta tragédia, a maior do futebol egípcio, ocorreu no estádio de Port Said, depois que o Al-Ahly sofreu sua primeira derrota da temporada para o Al-Masry.
Testemunhas disseram que a confusão começou depois que torcedores do Al-Ahly abriram cartazes ofendendo Port Said, e um deles entrou no campo com uma barra de ferro. A torcida do Al Masry reagiu invadindo o gramado e agredindo os atletas do Al-Ahly, e depois voltaram às arquibancadas para bater em torcedores rivais.
A maioria das mortes foi de pessoas pisoteadas pela multidão ou que caíram das arquibancadas, segundo testemunhas.
A TV transmitia a partida ao vivo e mostrou torcedores correndo pelo gramado atrás de atletas do Al Ahli. Alguns policiais formaram um corredor para tentar proteger os jogadores, mas aparentemente foram dominados pelos torcedores, que continuaram chutando e socando os atletas em fuga.
Nos dias posteriores, milhares de pessoas protestaram contra as forças de segurança e a violência entre policiais e manifestantes deixou 16 mortos no Cairo e em Suez.
Políticos criticaram a escassa presença policial num jogo que já era considerado de alto risco, e alguns acusaram a junta militar de ter tolerado ou até mesmo provocado a briga.
Do G1, em São Paulo
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