segunda-feira, 18 de junho de 2012

Comissão de Sindicância da Câmara deverá investigar deputado Stepan Nercessian

Nercessian (PPS-RJ) recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira; o deputado disse que já devolveu o dinheiro

A Comissão de Sindicância da Câmara vai investigar o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) após uma ação de iniciativa popular. O corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), informou nesta segunda-feira (18) que o requerimento é de autoria de uma moradora do Rio de Janeiro em conjunto com um escritório de advocacia fluminense.
Após o recebimento do pedido de investigação,
ocorrido na última quinta-feira (14), o próximo passo é dar ciência da ação a Nercessian. O deputado do PPS é acusado de ter recebido dinheiro do empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
Eduardo da Fonte disse que os funcionários da Casa devem tentar citar Nercessian a partir da próxima quarta-feira (20). O corregedor informou que são feitas três tentativas de informar oficialmente o parlamentar de que ele será investigado. Caso o deputado não seja encontrado, essa informação é feita por meio do Diário Oficial da União. Depois disso, Nercessian terá cinco dias úteis para apresentar sua defesa.
O corregedor informou que o deputado Vicente Cândido (PT-SP) deve ser escolhido para relatar o caso. Fonte disse que também vai consultar o deputado Evandro Milhomen (PCdoB-AP) para saber se ele tem interesse em produzir o parecer sobre o processo de Nercessian.
Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" apontou que o parlamentar recebeu R$ 175 mil no ano passado de Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar uma rede ilegal de jogos de azar. O deputado assumiu ser amigo de Cachoeira e reconheceu ter recebido o dinheiro, mas alegou ter sido um empréstimo. Nercessian disse que já devolveu o dinheiro para Cachoeira.
Além de Nercessian, outros três deputados goianos são alvos de processo na Comissão de Sindicância: Carlos Alberto Leréia (PSDB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Júnior (PP). Com a entrada do processo contra o deputado fluminense, o corregedor pediu a prorrogação, por mais 45 dias, dos trabalhos da comissão que se encerrariam nesta segunda-feira.
Daniela Martins
Em Brasília

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