Ceará é o 13º em acidentes de trabalho, diz Previdência Social

O Ceará está em 13º lugar em número de acidentes de trabalho, segundo estatística da Previdência Social. Este ano, só em Fortaleza, mais de mil profissionais receberam auxílio doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A indústria lidera o número de acidentes de trabalho no país e o setor quer reduzir essa marca.

O último levantamento da Previdência é de 2010. Foram 12.504 acidentes,

em que mais da metade (6.095), os trabalhadores tiveram que se afastar por mais de 15 dias. 333 ficaram incapacitados e 68 morreram.

O especialista em medicina do trabalho, Renê Mendes, diz que uma das causas para tantos acidentes pode ser a sobrecarga de trabalho. “Isso pode mudar, deve mudar. Há recentemente uma mudança de cultura. Uma mudança de valor. Não é uma questão tecnológica. É uma questão de posicionamento da prioridade que deve ser dada à vida humana”, disse.

Quando o assunto é segurança no trabalho, uma empresa segue à risca as normas de segurança para evitar acidentes. Protetores de ouvido, cadeiras ergonômicas, sinalização no piso são algumas das medidas adotadas. Dar uma parada no meio do expediente, também é importante.

O bem estar dos funcionários faz parte filosofia da empresa. Para o empresário Henrique Feijó, reduzir o número de acidentes de trabalho é muito mais do que evitar prejuízos. “Não é uma despesa. É muito mais um investimento que você faz na segurança do trabalho e lá na frente vem o resultado”, afirmou.

Mesmo investindo na prevenção, os acidentes acontecem, segundo o empresário. Este ano foram cinco na empresa. Apenas um durante o trabalho e os outros foram no trajeto para casa. “A prevenção é feita por meio de treinamento, palestras. No ato da admissão também nós orientamos quanto ao uso dos equipamentos. No dia a dia, a gente faz as inspeções. Fazemos relatórios quando detectamos riscos existentes”, disse o técnico de segurança de trabalho, Rômulo Aguiar.

Segundo o assessor técnico de segurança de trabalho, Lindomagno Pessoa, o foco tem sido as campanhas. “No sentido de formar uma cultura dentro da empresa com relação à prevenção dos acidentes. A questão dos acidentes de trabalho é ruim para o trabalhador, é ruim para a empresa. É ruim para a sociedade. Ninguém ganha com isso”, disse.

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares