terça-feira, 22 de maio de 2012

“Carrossel” é bonita no vídeo mas parece jogral de escola


Todos já sabem o que esperar de Carrossel. Primeiro porque a novela já passou por aqui – é um remake de versão mexicana apresentada no Brasil entre 1991 e 1992, e que fez muito sucesso na época. Segundo porque a história reúne todos os clichês possíveis e imagináveis
quando o roteiro apresenta uma escola com uma professora amorosa que se envolve nos dramas de seus pequenos alunos.
E quanto drama! Todos os estereótipos estão lá: a gordinha, a rica mimada, a apaziguadora, o rebelde, o bagunceiro, o bom menino, o nerd, o apaixonado não correspondido, o pobre, o rico… sem contar a mistura de religiões, etnias, cores. E quanta cor! A novela é colorida, feita justamente para agradar as crianças. E, se depender do primeiro capítulo, vai agradar, já que o público alvo é o infantil.
Carrossel tem um bom acabamento, ficou bonita no vídeo, com bela trilha sonora, abertura, cenografia caprichada, criativos efeitos de passagem de cenas, etc. Toda gravada em estúdio, intensifica a sensação de descompromisso com a realidade. Por outro lado, o bullying – tão em voga no momento – é a tônica e, parece, o fio condutor de todas as historinhas.
A apresentação do primeiro capítulo superou as expectativas por audiência (12 de média quando se esperava 7) e fez a alegria dos saudosistas (da versão dos anos 90) nas redes sociais. No Twitter, várias hashtags (palavras-chave) sobre a novela emplacaram nos TT´s (os assuntos mais comentados).
Mas deve ser complicado dirigir tantas crianças juntas. Algumas estão à vontade. Outras parecem recitar um jogral. Um conselho à Professora Helena: que ela ensaie mais com seus alunos para que a apresentação final fique mais bonita.

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