O presidente da Gaviões da Fiel, Antonio Alan Souza Silva, o Donizete, deixou na noite desta segunda-feira (28) a carceragem do 77º Distrito Policial, na Santa Cecília, região central de São Paulo, onde estava preso desde 10 de maio. Amigos e familiares o abraçaram e soltaram rojões. O dirigente da Gaviões se emocionou.
Donizete foi solto porque o desembargador Walter de Almeida Guilherme, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou liminarmente que fosse colocado em liberdade. O pedido de habeas corpus foi impetrado pela defesa do presidente da torcida organizada. Silva foi preso temporariamente sob acusação de que não agiu para impedir a briga que provocou a morte de dois torcedores palmeirenses, em março, na Zona Norte de São Paulo.
"Defiro a liminar para permitir possa o paciente aguardar em liberdade até o julgamento de mérito do habeas corpus, expedindo-se em seu favor alvará de soltura clausulado", disse o magistrado.
O advogado de Donizete, Ricardo Cabral, afirmou que provavelmente dentro de 50 e 70 dias deve ocorrer o julgamento do mérito do habeas corpus que deverá envolver, além do relator que concedeu a liminar nesta segunda, mais dois desembargadores. "Se o mérito for concedido, ele vai aguardar o julgamento até o final em liberdade", disse o advogado.
Donizete deverá retomar suas atividades à frente da agremiação. "Ele vai tocar a vida dele normalmente como presidente. A gestão dele vai até abril de 2013 e vai continuar à frente da presidência como sempre esteve, agora muito mais, porque a gente está na semifinal da Libertadores. Ele vai organizar as caravanas para a Argentina", afirmou.
Cabral, que falou com seu cliente antes mesmo de ele deixar a carceragem, afirmou que Donisete está muito feliz com a decisão. "Ele está muito feliz, confiante no nosso trabalho e se não estivesse desde o inícionão se apresentaria parta ficar preso. Ele acreditou, sabe que é inocente, tem ciência disso."
Donizete teve a prisão temporária decretada no dia 3 de maio por suposto envolvimento na briga de torcedores corintianos e palmeirenses em 25 de março na Zona Norte da capital paulista, que resultou na morte de dois membros da Mancha Alviverde. A briga ocorreu durante o deslocamento das torcidas do Corinthians e do Palmeiras na Avenida Inajar de Souza em direção ao estádio do Pacaembu, na Zona Oeste.
O delegado Arlindo José Negrão Vaz, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), disse que o presidente da Gaviões deve ser indiciado pelos crimes de homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha. Ao ser preso, Donizete negou qualquer participação na briga. "Eu estava em casa", disse ele na ocasião.
Roney DomingosDo G1 SP
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