segunda-feira, 28 de maio de 2012

Artista plástico espanhol é barrado no aeroporto de Fortaleza


Um artista plástico espanhol que participaria de uma exposição de gravuras foi proibido de desembarcar no Ceará na noite deste sábado (26), no Aeroporto Internacional Pinto Martins, de acordo com a organização da mostra. O presidente da escola sede do evento, Roberto Galvão, disse ter sido informado pela Polícia Federal, no aeroporto,
que José Rincón foi proibido de desembarcar porque não portava 'documentos originais' e sim cópias do convite para o evento, dos bilhetes e da reserva de hotel. Desde abril, o governo brasileiro adotou regras rígidas para a entrada de espanhóis, após uma senhora de 77 anos ter denunciado maus tratos na imigração espanhola.
Segundo Galvão, ele e participantes do evento aguardavam a chegada de Rincón às 20h30 em voo da TAP quando perceberam que muitos passageiros haviam desembarcado, menos o artista. Então, foram informados que Rincón voltaria para Espanha no mesmo voo. “Às 21h20 ele estava voltando para Espanha'', disse Galvão. De acordo com ele, Rincón disse por e-mail neste domingo que já está em casa.
G1 contatou a Polícia Federal durante a manhã deste domingo mas as ligações para a assessoria de comunicação não foram atendidas. Rincón foi convidado para dar aula sobre uma técnica de gravuras e também para abrir uma exposição individual no Imprima, mostra de gravuras que ocorre até 15 de agosto na Escola de Cultura, Comunicação, Ofícios e Artes, em Sobral, no Norte do Ceará, com promoção da prefeitura da cidade.
Reciprocidade
Desde 2 de abril, o governo brasileiro adotou medidas mais rígidas para a entrada de espanhóis no país. As regras consistem em fazer as mesmas exigências que são feitas para a entrada de brasileiros na Espanha, o que os diplomatas chamam de reciprocidade. Em março, a aposentada Dionísia Rosa, de 77 anos, ficou quatro dias em uma cela na imigração espanhola após ser probida de entrar em Madri, onde vivem ilegalmente a filha e um genro.

Na semana passada, um artista plástico baiano foi barrado pela imigração espanhola e obrigado a voltar para o Brasil. Menelaw Sete iria fazer uma exposição na Itália, mas nem a documentação em dia, nem o convite para participar do evento foram suficientes para que ele conseguisse chegar ao destino. 
Do G1 CE


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