Professores da Universidade Regional do Cariri, no Sul do Ceará, fazem cota para pagar a fiança de dois professores que foram detidos por suspeita de conduzir sem autorização fósseis coletados na Chapada do Araripe, na região do Cariri cearense.
O delegado da Polícia Federal emJuazeiro do Norte, Francisco Bonfim,
estabeleceu a fiança para soltura dos professores em 10 salários mínimo, cada. O coordenador do curso de paleontologia, Álamo Feitosa, diz que os professores embarcavam com material paleontológico e tinham autorização. Feitosa diz também que a cota feita por professores já arrecadou dinheiro suficiente para pagar a fiança de um dos pesquisados detidos, mas que devem efetuar o pagamento somente quando o dinheiro for suficiente para pagar a liberdade dos dois.
O delegado Francisco Bonfim alega que eles tinham autorização para viajar somente com uma parte da carga, mas a outra era ilegal. Bonfim diz ainda que eles tinham "interesse financeiro" com os fósseis. Álamo Feitosa nega o interesse em vender o material e diz que os fósseis não tinham valor de mercado.
Segundo policiais, os pesquisadores foram presos em flagrante com 236 amostras de material fossilífero da Chapada do Araripe, sem a documentação legal para o transporte. Um dos pesquisadores é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e funcionário do Museu Nacional. O outro é um francês, convidado pela Universidade Regional do Cariri (Urca) para colaborar com projeto de pesquisa. Os dois foram enquadrados na lei ambiental 9.605 que proíbe a extração de fósseis sem autorização, de acordo com a polícia.
Universidade
O vice-reitor da Urca, professor Patrício de Melo, informou que a universidade desconhece qualquer fato que “desabone os pesquisadores”. Ele explicou que os profissionais foram convidados em 2011 para participar do projeto intitulado “Estudos sistemáticos e paleontológicos da fauna de vertebrados", no Crato. As escavações são financiadas pelo CNPQ.
O vice-reitor da Urca, professor Patrício de Melo, informou que a universidade desconhece qualquer fato que “desabone os pesquisadores”. Ele explicou que os profissionais foram convidados em 2011 para participar do projeto intitulado “Estudos sistemáticos e paleontológicos da fauna de vertebrados", no Crato. As escavações são financiadas pelo CNPQ.
De acordo com Melo, o ICMBio do Ministério do Meio Ambiente e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgãos de fiscalização e controle de impacto ambiental, foram informados e autorizaram as pesquisas. “Para nós o projeto está plenamente regular. Soubemos que o DNPM foi acionado pela PF, mas a universidade ainda não. Mas o importante é que essas peças seriam investigadas e devolvidas”, ressalta.
Fonte:G1 CE, com informações da TV Verdes Mares
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