São-paulino ilustre, o cantor Rafael Ilha está chateado com o time. E não é só pela derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG na última quinta-feira. O ex-líder da banda Polegar tenta desde março deste ano se tornar sócio do Tricolor. Ele tem pressionado a diretoria a tomar uma
posição definitiva sobre o caso e, irritado, cogita a hipótese de processar o clube.
Através do escritório dos advogados William Amanajas e José Beraldo, Rafael Ilha entrará nesta segunda-feira com uma notificação extrajudicial que dá 72 horas ao São Paulo para se pronunciar se realmente o vetará do quadro de sócios.
A decisão de entrar com a ação extrajudicial foi tomada devido a irritação de Rafael Ilha de não conseguir resolver o problema de uma maneira amigável. O cantor fez um desabafo no Facebook que deu muita repercussão. Após isso, foi chamado para duas reuniões na sede social do São Paulo, que foram canceladas horas antes do previsto.
A ideia dos advogados do agora repórter da RedeTV é, caso o São Paulo oficialize a recusa ao seu pedido, entrar com um processo contra o clube por danos morais. O cantor reclama de ter sido ironizado nas ruas devido ao fato.
“Estava no shopping center e dois caras, dando risada, falaram: olha o Rafael, que foi proibido de entrar no São Paulo. Aí Rafael, já conseguiu entrar? É o tipo de piadinha que tenho que escutar, pois quis pagar o débito que tinha com eles, e eles não aceitaram enquanto eu não for liberado pelos conselheiros e a diretoria”, explicou ao UOL Esporte.
Rafael Ilha quer reativar o título de sócio da família e transferir do nome da sua mãe para o seu, mas ele teve o pedido negado pela comissão de aprovação do São Paulo. O cantor diz ter motivos para desconfiar que a diretoria do Tricolor não queira autorizá-lo por causa dos seus antecedentes criminais, já que ele foi preso por tentativa de sequestro em 2008.
“É uma situação desagradável. Fiquei esperando quase dois meses, depois falaram que eu não seria aceito. Perguntei o porquê, eles simplesmente responderam porque não, e isso para mim não é resposta. Quero saber o motivo real”, desabafou Rafael Ilha.
“Perguntei a um diretor administrativo do São Paulo, que não quero citar o nome, o que teria acontecido. Se seria por causa da certidão [de antecedentes criminais]. Ele falou que possivelmente sim. Disse que infelizmente os conselheiros do São Paulo, que são pessoas de muita idade, extremamente radicais e conservadoras, que realmente tomam esse tipo de postura até com pessoas que já passaram cheque sem fundo. Mas eu estou limpo de novo, então não posso ser vetado por isso”, complementou.
O UOL Esporte procurou dois dirigentes do São Paulo para dar a versão do clube, mas eles disseram desconhecer o caso de Rafael Ilha.
Renan Prates
Do UOL, em São Paulo *
Do UOL, em São Paulo *
* Colaborou José Ricardo de Campos Leite
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