A violência marcou o protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Goiânia, na noite desta terça-feira (28). Policiais militares e estudantes entraram em confronto na Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário. Segundo a PM, estudantes atearam fogo em
ônibus e tentaram incendiar uma agência bancária.
No tumulto, 24 pessoas acabaram detidas por atos de vandalismo e desobediência. Desse total, 18 adultos foram levados para o 1º Distrito Policial (DP) e 6 menores foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).
"Eles estavam com paus, pedras, gasolina e coquetel molotov", disse ao G1 o segundo o chefe da comunicação social da PM, o tenente-coronel Walter Caetano.
Segundo o Corpo de Bombeiros, não há informações de feridos. A corporação recebeu chamados apenas para apagar os incêndios nas proximidades do Terminal Praça da Bíblia e no Campus II da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde um ônibus foi queimado.
De acordo com a PM, cinco veículos do transporte coletivo ficaram completamente destruídos, sendo três incendiados e dois depredados.
O protesto começou por volta das 18h, na Praça Universitária, no Setor Universitário. De lá, os estudantes seguiram para o Terminal Praça da Bíblia, onde ocorreu o confronto. Os estudantes teriam jogado pedras e paus nos policiais. Homens da tropa de choque e a cavalaria da PM dispararam bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes.
De acordo com a PM, os estudantes incendiaram uma agência bancária na Avenida Anhanguera, próximo ao terminal Praça da Bíblia. Eles teriam usado garrafas com produto inflamável, conhecidas como coquetel molotov. O fogo foi rapidamente controlado.
Do Terminal Praça da Bíblia, os manifestantes se dividiram. Um grupo desceu a Avenida Anhanguera em direção ao Terminal do Jardim Novo Mundo. Parte dos estudantes voltou para a Praça Universitária e terminou o protesto em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG).
A tarifa do transporte coletivo em Goiânia aumentou de R$ 2,70 para R$ 3 na última quarta-feira (22), um acréscimo de 11%. O reajuste e a demora nos ônibus resultaram em protestos na capital.
Gabriela Lima
Do G1 GO
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