O vereador de Fortaleza Capitão Wagner (PR) colheu nesta sexta-feira (24) 14 das 15 assinaturas necessárias para instalar a CPI das milícias. A comissão parlamentar de inquérito (CPI) visa apurar supostas milícias na Polícia Militar do Ceará e a ligação dessas organizações com o narcotráfico.
O pedido foi feito após as declarações do ex-ministro Ciro Gomes, que acusou o vereador
Capitão Wagner de comandar as milícias na Polícia Militar. Em discurso na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador negou comandar a organização criminosa dentro da polícia.
Além do Capitão Wagner, assinaram o pedido de instalação da Guilherme Sampaio, Marco Cruz, João Alfredo, Toinha Rocha, Alípio Rodrigues, John Monteiro, Acrísio Sena, Vaidon, Lucimar Martins, Ronivaldo Maia, Deodado Ramalho, Wellington Sabóia, Benigno Júnior.
Para instalação da CPI, são necessárias, no mínimo, 15 assinaturas. O autor do pedido da CPI espera conseguir a 15ª assinatura até terça-feira (28). "A CPI é uma forma para provar minha inocência a respeito das denúncias do ex-ministro. Se eu for investigado, não vão encontrar nada", diz Capitão Wagner.
Vídeo na internet
Desde a semana passada é divulgada na internet um vídeo em que o vereador Capitão Wagner aparece supostamente apoiando uma manifestação das mulheres de policiais militares. Na manifestação, em 12 de maio, mulheres tentaram impedir que os maridos militares saíssem para trabalhar na operação de segurança do jogo Ceará e Fortaleza.
Segundo as legendas do vídeo, Capitão Wagner apoiava a ação das mulheres, inclusive dava dinheiro e distribuía camisas para as manifestantes. O parlamentar nega as acusações da legenda e diz que a manifestação foi uma iniciativa das mulheres dos policiais, e que esteve no local a convite delas. Ele afirma também que, quando aparece dando dinheiro a um homem no vídeo, ele pedia para que outra pessoa comprasse água. Na segunda-feira (28), o vereador vai prestar depoimento sobre o caso.
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