A Costa Leste dos Estados Unidos passará em breve por uma invasão de cigarras que só acontece a cada 17 anos, segundo especialistas. Eles estima que, nos próximos dias, a população do inseto ultrapasse a marca de 30 bilhões na faixa que vai do estado de
Connecticut à Carolina do Norte – e inclui cidades importantes como Nova York, Filadélfia e Washington.
Na verdade, essas cigarras já estão lá, mas não aparecem porque ficam escondidas sob o solo. Desde 1996, elas viveram debaixo da terra, captando nutrientes de raízes de árvores e amadurecendo para a reprodução.
A reprodução é a última fase da vida dessas cigarras. Quando a temperatura do solo atingir 18º C, elas saem da terra. Depois disso, se acasalam, depositam os ovos nas árvores e morrem. Suas larvas vão descer para dentro do solo e só sairão de lá em 2030, para um novo ciclo reprodutivo.
As cigarras nativas dos EUA têm esse ciclo que dura 13 ou 17 anos, dependendo da espécie. Como são diferentes tipos de inseto e o país é muito vasto, quase todo ano alguma região presencia o fenômeno. A atual invasão é considerada uma das maiores.
As cigarras não representam nenhuma ameaça à saúde humana, apenas incomodam bastante devido ao barulho que fazem em seu ritual reprodutivo. A invasão também não prejudica outros animais – pode, no máximo, danificar mudas e arbustos.
Se as 30 bilhões de cigarras – o que é uma estimativa conservadora – forem enfileiradas, preencherão uma distância suficiente para ir à Lua e voltar. Segundo os pesquisadores, a estratégia de sair em grandes volumes é o que garante o sucesso reprodutivo, pois impossibilita que seus predadores – principalmente aves – comam toda a população.
Da AP
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