quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Nível do mar sobe 60% mais rápido do que estimou o IPCC, diz estudo

 Ondas causadas pela passagem da tempestade Sandy atingem farol às margens do Lago Erie perto de Cleveland (Foto: Tony Dejak/AP)

A elevação do nível do mar provocada pelo aumento da temperatura do planeta estaria mais acelerada que o estimado em 2007 pelo grupo de climatologistas da ONU, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram cientistas em um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico científico "Environmental Research Letters".
Segundo a investigação feita por cientistas da Alemanha, França e Estados Unidos,
atualmente o nível dos oceanos subiu 3,2 mm ao ano, 60% mais rápido que a projeção "mais confiável" do IPCC, em 2007. O relatório dos cientistas, baseado em dados de 2003, previa uma elevação de 2 mm ao ano.
A nova cifra condiz com a ideia amplamente difundida de que o mundo se encaminha para uma elevação das águas do mar em até um metro até o fim do século, disse Grant Foster, da empresa americana Tempo Analytics, um dos autores do estudo. "Eu diria que um metro de elevação do nível do mar até o fim do século é provavelmente próximo do que se encontraria se você consultasse as pessoas mais informadas a respeito", explica Foster.
"Em terras baixas, onde você tem um grande número de pessoas vivendo no limite de um metro do nível do mar, como Bangladesh, isto significa o desaparecimento da terra que sustenta suas vidas, e você terá centenas de milhões de refugiados climáticos. Isto pode levar a guerras por recursos e todo tipo de conflitos", acrescentou.
Ainda segundo o pesquisador, em grandes cidades costeiras, como Nova York, o principal efeito o seria parecido com o que aconteceu após a passagem do furacão Sandy, que atingiu a região no fim de outubro. "Toda vez que temos uma forte tempestade, você tem uma intensidade maior e isto traz um risco maior de inundações", prosseguiu.
Apesar da pesquisa, incerteza técnica persiste
O estudo, chefiado por Stefan Rahmstorf, do Instituto Postdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), na Alemanha, mensurou a precisão dos modelos de simulação que o IPCC utilizou em seu Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007.

Este relatório alertou os governos a colocarem a mudança climática no topo de suas agendas, culminando com a fracassada Cúpula de Copenhague, em 2009. No entanto, ajudou o IPCC a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2008.
A nova pesquisa estabeleceu marcos mais elevados para a previsão do documento sobre temperatura global, destacando que havia "um consenso muito bom" do que está se observando hoje, uma tendência de aquecimento generalizada de 0,16 ºC por década. Mas destacou que a projeção do IPCC para os níveis dos mares estava muito abaixo do que os fatos têm demonstrado.
A previsão do painel para o futuro - uma elevação de até 59 cm até 2010 - "pode também estar tendenciosamente baixa", alertou, uma cautela compartilhada por outros estudos publicados nos últimos anos. Foster afirma que a elevação maior do que a projetada poderia ser atribuída ao derretimento de gelo terrestre, algo que era bem desconhecido quando o IPCC publicou seu relatório e permanece obscuro até hoje.
Outro fator seria a incerteza técnica. A projeção do IPCC tinha se baseado em informações existentes entre 1999 e 2003. Desde então não há mais dados, o que têm ajudado a provar a precisão de radares de satélites que medem os níveis dos mares ao fazer saltar as ondas de radar sobre a superfície do mar. O quinto relatório de avaliação do IPCC será publicado em três volumes, em setembro de 2013, março e abril de 2014.
Da France Presse


Um comentário:

  1. O IPCC gagnou o prêmio Nobel da Paz con o ciarlatao Al Gore no ano 2007.

    No 2008 foi da Martti Ahtisaari (Finlândia) Por sua fundamental contribuição para a solução de conflitos internacionais em diversos continentes, durante mais de três décadas.

    O Ipcc é uma fraude, os numeroso nao sao reais. So mentira, so para recebeo dinheiro dos governos otario.

    ResponderExcluir

Futebol ao vivo