sábado, 22 de outubro de 2011

RJ: presos 30 por fraude em exames de habilitação no Detran

Polícia apreendeu diversas CPUs durante a operação no Detran. Foto: Tasso Marcelo/Agência Estado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma ação nesta sexta-feira que prendeu 30 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha suspeita de fraudes em postos do Detran do Estado. De acordo com a polícia, 40 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão foram cumpridos contra a organização criminosa, que oferece serviços para aprovação em exames de habilitação.
De acordo com a polícia, funcionários do Detran estariam envolvidos no esquema criminoso, que agia há pelo menos dois anos fraudando os processos de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
As investigações da Operação Contramão II tiveram início em 2009, a partir de irregularidades constatadas pela Corregedoria do Detran, que passou as informações à Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela coordenação da ação desta sexta-feira. Segundo o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, os criminosos cobravam de R$ 800 a R$ 4 mil para aprovarem os candidatos no exame de habilitação.
Os valores cobrados dependiam do nível de exigência para a obtenção da CNH. Ao candidato totalmente incapaz, era cobrada uma quantia mais elevada, enquanto os que simplesmente queriam conseguir os documentos sem se submeter aos exames obrigatórios, pagavam menos. Em média, 200 pessoas por mês se beneficiavam dos serviços dos fraudadores, o que significava um lucro anual estimado em R$ 10 milhões.
Mais de 300 agentes da Polícia Civil, do Detran e do Ministério Público participaram da ação, que abrangeu 11 municípios do Rio de Janeiro. Ao todo, 21 auto escolas estariam envolvidas na fraude. As buscas também aconteceram em algumas dependências do Detran, onde trabalhavam funcionários e prestadores de serviços envolvidos no esquema.
Além das prisões, foi apreendida vasta quantidade de documentos e material para análise posterior, como CPUs, telefones celulares, anotações e cheques, além de R$ 145 mil em dinheiro.
O delegado titular da DDEF, Gabriel Ferrando, afirmou que o material apreendido será usado para o aprofundamento das investigações. "Esse material será usado para identificar pessoas que adquiriram a Carteira Nacional de Habilitação de maneira ilegal", afirmou o delegado.
Segundo o corregedor do Detran, David Anthony, as pessoas que forem identificadas como beneficiárias da fraude perderão suas carteiras e responderão criminalmente. Os presos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos no sistema de informações.
TERRA
Com informações do Jornal do Brasil.

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