O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje que pretende trocar o secretário-executivo da pasta e também outros integrantes do ministério. Ele avisou ainda que a pasta não vai mais firmar convênios com ONGs, modelo que esteve na origem da demissão do ex-ministro Orlando Silva. As declarações foram dadas após reunião na tarde de hoje na casa de Silva, que formalizou sua saída do governo na quarta-feira.
Aldo avisou que não manterá no cargo o secretário-executivo, Waldemar Souza. Ele disse ainda que deverá levar pessoas de confiança e vai avaliar os nomes que hoje trabalham na pasta. "É evidente que haverá mudança. Mas tenho que analisar o perfil de todos que estão lá", afirmou, alegando não saber se é possível suspender contratos em vigor.
Ao falar sobre os convênios da pasta, ele disse ainda não ter definido se tomará alguma medida drástica em relação aos acordos suspeitos que estiveram no centro das denúncias de corrupção. "Eu preciso ainda tomar pé da situação do ministério", ressaltou.
No que se refere aos novos contratos da pasta, Aldo avisou que não pretende firmar novos convênios com ONGs. Segundo ele, a ideia é investir em parcerias com órgãos públicos, como prefeituras. A decisão não se restringiria ao Programa Segundo Tempo. "Como ministro, no ministério, não pretendo fazer convênios com ONGs", disse.
Os convênios com esse tipo de entidade estão por trás da queda de Orlando Silva. Fraudes em contratos e denúncias de desvios de recursos tornaram a situação do ex-ministro insustentável e levaram à sua demissão na noite de ontem. Antes de sair do governo, Silva já tinha anunciado o fim de convênios com entidades dentro do Programa Segundo Tempo, mas agora Rebelo falou em ampliar essa restrição para todas as áreas do ministério.
Participaram da reunião na casa de Silva, além de Aldo, o presidente do PC do B, Renato Rabelo; o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros; e o líder do PC do B na Câmara, Osmar Júnior (PI).
*Com informações da Agência Estado
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