segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Motorista de Hilux que matou dois deve ser transferido nesta segunda


O gerente de banco Fernando Mirabelli, de 32 anos, preso neste sábado (22) após atropelar três ajudantes de jardinagem em São Paulo, causando a morte de dois deles, deve ser transferido nesta segunda-feira (24) para um Centro de Detenção Provisória. Ele foi indiciado pela Polícia Civil por embriaguez ao volante, homicídio doloso e tentativa de assassinato. Segundo o 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi, Zona Sul, ele irá responder aos crimes preso porque eles são inafiançáveis.
Os advogados Alexandre de Thomazo e Emerson Martins, que defendem Mirabelli, devem entrar com um pedido de soltura no Tribunal de Justiça de SP a partir desta segunda.
Os corpos dos dois funcionários de uma prestadora de serviços da Prefeitura de São Paulo atropelados e mortos pelo motorista, que dirigia um Toyota Hilux SW4, foram enterrados na manhã deste domingo (23) num mesmo cemitério da Zona Norte. Alex Damasceno Souza, de 26 anos, e Roberto Pires de Jesus, de 36, foram sepultados no cemitério do bairro Vila Nova Cachoeirinha. Os familiares das vítimas pediram "justiça" durante o cortejo.
O atropelamento protagonizado por Mirabelli ocorreu na Marginal Pinheiros, no trecho que dá acesso à Ponte Engenheiro Ary Torres, na região do Morumbi, Zona Sul. A defesa do motorista alega que ele foi fechado por um caminhão e perdeu o controle do Hilux. Testemunhas negam que isso tenha ocorrido e afirmam que ele estava a 120km/h numa via onde a velocidade máxima é de 60 km/h.
No acidente, o carro do bancário também atingiu Aldenir Abrantes Dantas, de 21 anos, que está internado com fraturas no hospital Santa Marcelina, na Zona Leste. Dantas passou por cirurgia no sábado na perna e na bacia e se recupera no hospital.
Na manhã deste domingo, o bancário foi transferido para o 91º DP, Ceasa, onde aguardará uma vaga em alguma unidade prisional. Caso seja condenado na Justiça pelos crimes, poderá pegar pena de 6 anos a 20 anos de reclusão.
Quando foi detido no sábado, Mirabelli que não quis falar com a imprensa.
Em seu depoimento à polícia, o bancário alegou que voltava de uma casa noturna em Guarulhos, na Grande SP, em direção à casa dos pais, no Campo Belo, em São Paulo, quando foi fechado por um caminhão, perdeu o controle do seu Hilux e atropelou os trabalhadores que faziam manutenção do canteiro central da via.
Garrafas vazias
De acordo com o tenente Luís Gomes, comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão de Trânsito da PM, Mirabelli, que mora em São Bernardo do Campo, no ABC, afirmou foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas no Hilux. Revoltadas com o atropelamento dos ajudantes, pessoas que passavam pelo local chegaram a agredir o motorista. Ele precisou ser levado para o Hospital Universitário.
Em nota, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse estar inconformado com o acidente. A Prefeitura afirmou que dará apoio aos familiares das vítimas.
G1 SP

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