sábado, 29 de outubro de 2011

PM apreende morteiros durante protesto no Brás

tropa de choque (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Pela quinta madrugada seguida, a Polícia Militar precisou intervir nas ruas do Brás, região central de São Paulo, em razão de excessos cometidos por camelôs durante protestos. Às 6h45 deste sábado (29), cerca de 250 ambulantes que não têm autorização para montar suas barracas bloquearam parte da Rua Oriente e foram acompanhados pela Tropa de Choque. Não houve registro de confrontos. Às 8h, a situação era tranquila no bairro.
Por volta das 3h30, quatro de um grupo de 35 ambulantes abordados pelos policiais na esquina da Rua Oriente com a Rua Barão de Ladário foram flagrados portando cinco morteiros. Eles foram encaminhados para o 13º Distrito Policial, da Casa Verde, onde funciona a central de flagrantes da região. Segundo a PM, os camelôs regularizados que trabalham no bolsão criado pela Prefeitura conseguiram entrar no pátio da Feira da Madrugada, que funcionava normalmente até o início desta manhã.
Os camelôs protestam desde a noite de segunda-feira (24) contra a ação da Polícia Militar, que passou a impedir a montagem das barracas durante a madrugada nas ruas do bairro. Eles pedem à Prefeitura de São Paulo que possam continuar trabalhando até o fim do ano entre 2h e 6h30, apenas nas calçadas, e que no início de 2012 seja feita uma nova negociação para sua retirada. O prefeito Gilberto Kassab, entretanto, afirmou que vai manter as fiscalizações e que não permitirá o comércio ilegal na região.
A presença da polícia ocorre para garantir que os manifestantes não voltem a bloquear a área e para que os comerciantes legalizados possam trabalhar normalmente. Nos últimos dias, lojistas foram obrigados a manter suas portas abaixadas durante a manhã e houve conflitos com a polícia.
Protestos
Nesta sexta-feira (28), seis pessoas foram detidas por incitar o fechamento das lojas e por agressões verbais aos policiais. Na quinta (27), a PM qualificou 15 pessoas por "obstrução ao trabalho". Nesta quarta-feira (26), policiais usaram bombas de gás e balas de borracha em duas ocasiões para dispersar os manifestantes, quando os camelôs bloquearam totalmente vias de trânsito do Brás.

Até esta sexta-feira, a Associação dos Lojistas do Brás (Alobrás) ainda não havia estimado o prejuízo causado pelos protestos no bairro. A entidade afirmou apenas que o período entre o final do mês de outubro e o início de dezembro é justamente o de maior venda para os lojistas, quando comerciantes de outros estados compram no Brás para abastecer os seus estoques para o Natal. "A Alobrás espera uma solução amigável e rápida entre a Prefeitura e os manifestantes para que o comércio do Brás possa voltar a normalidade", diz a associação em nota.
Do G1 SP, com informações da Agência Estado

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