sábado, 22 de outubro de 2011

Ex-Chefe do tráfico do morro da Mangueira no RJ cumprirá pena em Porto Velho


A Justiça determinou que o traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, 37 anos, será transferido para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. O ex-chefe do tráfico da Mangueira chegou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira e deve ser transferido para a unidade do Norte do País no início da próxima semana.
O delegado da Polícia Federal responsável pela Divisão de Combate ao Crime Organizado do Rio, Vítor Hugo Poubel, afirmou que a prisão de Polegar resultou do trabalho de inteligência conjunto da polícia paraguaia e da brasileira. Segundo ele, os paraguaios haviam sido informados da possibilidade de traficantes do Rio estarem refugiados em seu território e estavam monitorando a movimentação de suspeitos.
De acordo com Poubel, a polícia do Paraguai entrou em contato com a polícia brasileira após desconfiar do documento de identidade falso apresentado por Polegar no momento em que ele tentava comprar, com dinheiro vivo, um carro de luxo em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Pontaporã, no Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal conseguiu confirmar a identidade de Polegar ao comparar as impressões digitais do traficante.
Poubel ressaltou a ação dos organismos de combate ao tráfico internacional do país vizinho. Segundo ele, a prisão de Polegar não foi circunstancial. "A informação que nós temos é de que (a prisão) não foi por acaso", afirmou o delegado.
No entanto, o policial confirmou que o traficante foi detido inicialmente porque havia um mandado de prisão expedido contra a pessoa pela qual Polegar tentava se passar através da identidade falsa. "Para o azar dele, o documento que ele usou tinha um mandado de prisão."
Segundo Poubel, as investigações ainda estão em andamento para descobrir se há mais traficantes vivendo na área em que Polegar foi encontrado. "O governo paraguaio não quer traficantes brasileiros morando e agindo naquele país".
Poubel não confirmou a informação de que Polegar estava enviando drogas ou armas ao Brasil. Nenhum armamento foi apreendido junto ao traficante.
Um dos fatores que teriam levantado a suspeita dos policiais do Paraguai seria a forma como o refugiado estaria vivendo no país vizinho. "Ele estava vivendo uma vida fora dos padrões daquela localidade, tanto que usava carros de luxo", afirmou Poubel.
O traficante teria alegado que estava no Paraguai viajando com a família e que "não quer saber da vida de crime". Foram apreendidos com ele dois carros de luxo uma caminhonete Toyota Hilux, avaliada em cerca de R$ 140 mil, e um Kia Cadenza, de R$ 110 mil. A polícia paraguaia suspeita que Polegar estava comandando um grupo de criminosos em Pedro Juan Caballero.
Após passar por identificação formal na sede da Polícia Federal do Rio, ele foi encaminhado para o presídio de Bangu 1, onde de aguardar sua transferência.

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