O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, divulgou nota nesta segunda-feira (19) em que critica a greve nos Correios e afirma que os dias não trabalhados serão descontados do salário dos funcionários.
“Greve não é férias”, diz o ministro na nota. “[Os] dias faltados serão descontados”, completou. Bernardo declarou que as greves são “parte da democracia”, mas apontou que os serviços executados pelos Correios não podem parar.
“Temos que cumprir a nossa missão que é servir à população e esta não pode ficar desassistida”, disse.
Ainda de acordo com o ministro, a greve por tempo indeterminado abre espaço para o crescimento de empresas concorrentes na área de despacho de cargas.
“A concorrência naturalmente fica assanhada para ver se toma um pedaço do mercado”, disse. “É preciso responsabilidade por parte de todos no momento em que se procura reforçar e modernizar ainda mais os Correios.”
Adesão à greve
A partir de quarta-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect – URA) entrará para a paralisação dos trabalhadores dos Correios, que teve início na noite de terça-feira (13).
Ainda de acordo com o ministro, a greve por tempo indeterminado abre espaço para o crescimento de empresas concorrentes na área de despacho de cargas.
“A concorrência naturalmente fica assanhada para ver se toma um pedaço do mercado”, disse. “É preciso responsabilidade por parte de todos no momento em que se procura reforçar e modernizar ainda mais os Correios.”
Adesão à greve
A partir de quarta-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect – URA) entrará para a paralisação dos trabalhadores dos Correios, que teve início na noite de terça-feira (13).
Com a adesão da região, todos os 35 sindicatos da categoria no país estarão em greve, de acordo com José Gonçalves de Almeida, o Jacó, membro do comando de negociação da Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentec).
O sindicato de Uberaba foi o último a entrar na paralisação. A assembleia que decidiu pela adesão aconteceu na sexta-feira (16). De acordo com Antônio Sérgio Tiveron, diretor do Sintect - URA, é preciso esperar até quarta-feira para cumprir a legislação, já que é necessário avisar os Correios sobre a paralisação com antecedência.
Pagamento de contas
Segundo a Fundação Procon-SP, os consumidores que sabem a data de vencimento de suas contas devem entrar em contato com a empresa, para solicitar outra opção para efetuar o pagamento, antes do vencimento, "a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos e cancelamentos".
Na semana passada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as datas de pagamento dos boletos de cobrança não serão alteradas em virtude da greve.
Em comunicado, a entidade sugeriu que os clientes identifiquem os pagamentos recorrentes mensais, ou aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação e, com essas informações, procurem as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos para solicitar a segunda via da cobrança.
Reivindicação
A categoria reivindica piso de R$ 1.635 – atualmente, o valor está em R$ 807 – mais reposição da inflação. “Também exigimos um Correio público, 100% estatal e eficiente, além de contratações já, porque a sobrecarga está forte, está faltando muita gente nos Correios”, diz Evandro Leonir, representante do comando nacional de negociação da federação.
Os Correios devem soltar novo balanço sobre a greve nesta segunda-feira (19). Segundo o balanço divulgado na quinta-feira (15), o índice de adesão, até quinta-feira, era de aproximadamente 30% do efetivo total de trabalhadores, chegando a 2/3 na área operacional.
A proposta da empresa é de reposição da inflação de 6,87% mais R$ 50 de aumento linear a partir de janeiro para todos os trabalhadores, o que, somado, representaria reajuste de 13%.
Com a adesão dos trabalhadores à greve, esta proposta foi imediatamente extinta, segundo informações da assessoria de imprensa dos Correios. A empresa diz que aceita negociar com os trabalhadores, desde que as atividades sejam retomadas.
Os grevistas, no entanto, alegam que os trabalhadores não voltarão ao trabalho enquanto os canais de discussão não forem reabertos.
Plano de contingência
Os Correios informam que foi colocado em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, “para minimizar os prejuízos à sociedade”.
A distribuição de cartas e encomendas continua sendo feita e, até a quinta-feira, cerca de 60% do volume diário de objetos postais foi entregue nos dois dias de paralisação. Seguem suspensos os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, por se tratar de serviços com horário marcado.
Fábio AmatoDo G1, em Brasília
Pagamento de contas
Segundo a Fundação Procon-SP, os consumidores que sabem a data de vencimento de suas contas devem entrar em contato com a empresa, para solicitar outra opção para efetuar o pagamento, antes do vencimento, "a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos e cancelamentos".
Na semana passada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as datas de pagamento dos boletos de cobrança não serão alteradas em virtude da greve.
Em comunicado, a entidade sugeriu que os clientes identifiquem os pagamentos recorrentes mensais, ou aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação e, com essas informações, procurem as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos para solicitar a segunda via da cobrança.
Reivindicação
A categoria reivindica piso de R$ 1.635 – atualmente, o valor está em R$ 807 – mais reposição da inflação. “Também exigimos um Correio público, 100% estatal e eficiente, além de contratações já, porque a sobrecarga está forte, está faltando muita gente nos Correios”, diz Evandro Leonir, representante do comando nacional de negociação da federação.
Os Correios devem soltar novo balanço sobre a greve nesta segunda-feira (19). Segundo o balanço divulgado na quinta-feira (15), o índice de adesão, até quinta-feira, era de aproximadamente 30% do efetivo total de trabalhadores, chegando a 2/3 na área operacional.
A proposta da empresa é de reposição da inflação de 6,87% mais R$ 50 de aumento linear a partir de janeiro para todos os trabalhadores, o que, somado, representaria reajuste de 13%.
Com a adesão dos trabalhadores à greve, esta proposta foi imediatamente extinta, segundo informações da assessoria de imprensa dos Correios. A empresa diz que aceita negociar com os trabalhadores, desde que as atividades sejam retomadas.
Os grevistas, no entanto, alegam que os trabalhadores não voltarão ao trabalho enquanto os canais de discussão não forem reabertos.
Plano de contingência
Os Correios informam que foi colocado em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, “para minimizar os prejuízos à sociedade”.
A distribuição de cartas e encomendas continua sendo feita e, até a quinta-feira, cerca de 60% do volume diário de objetos postais foi entregue nos dois dias de paralisação. Seguem suspensos os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, por se tratar de serviços com horário marcado.
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