sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Show de Ke$ha tem 'sangue', papel picado, guitarra quebrada e glitter


Não foi por falta de esforço. Ke$ha terminou seu show com o corpo impregnado de suor, sangue falso, papel picado, sujeira do palco e glitter para entreter o público desta quinta-feira mais voltada para soul music e derivados.
Com um set de uma hora recheado por um dance pop festivo bem diferente dos sons de Janelle Monáe, Stevie Wonder, Joss Stone e Jamiroquai, a cantora americana trouxe seu arsenal de poses para o Rock in Rio. Ela quebra uma guitarra ("Fuck him"), "bebe" sangue falso de um coração mais falso ainda ("Cannibal") e dá piruetas desconjuntadas antes de cair fingindo que está bêbada.

O show é divertidinho, mas vitimado pela curta discografia da cantora. Ainda faltam hits para a candidata a popstar, que tem apenas um CD ("Animal") e um EP ("Cannibal"), lançados em 2010.
No começo da apresentação, vem o convite. "Rio, vocês estão prontos para a festa? Se vocês estão prontos para dançar, então tirem suas roupas!", convoca. Além de rebolar e cantar, ela toca guitarra no fim de "We r who we r" e em "Blah blah blah" (nessa, o instrumento tem formato de rifle). A massa sonora que sai do palco é composta de bateria, sintetizadores, vocais e uma guitarra tocada por um músico que parece ter saído de uma banda de hair metal dos anos 80.
Afora toda a pose, as explicações antes de cada canção também valem registro. Sem fôlego, explica a composição da música "Backstabber", sobre "aquelas piranhas que acham que é normal roubar a p... do seu carro". "Vocês já foram cantadas por uns velhos pervertidos, bem nojentos? Isso acontece comigo sempre", diz ela, antes de "Dinosaur".
Em mais uma coreografia de tirar o fôlego (dela), Ke$ha contracena com um rapaz vestido de dinossauro e finge fazer sexo com dançarinos usando andadores para pessoas com dificuldade de locomoção.
A coreografia de "Party at a rich dude's house" é outra que tenta ser grotesca. É resumida basicamente por um dançarino correndo de um lado para outro com um isopor de bebida vazio. A festa termina com "Tik tok", seu maior hit. "Essa é minha última música, então é a hora de tentar dar uns amassos com seus 'vizinhos'."
Braulio LorentzDo G1, no Rio

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