terça-feira, 27 de setembro de 2011

Operário do Metrofor é morto com 2 tiros

A vítima trabalhava no canteiro de obras do Metrofor no Benfica. Ele foi executado com dois tiros na cabeça, quando seguia para o trabalho. Hoje, será realizado ato público no bairro em protesto contra a violência

Cristiano Luís do Nascimento, 23, estava a caminho do trabalho quando foi abordado por dois homens numa moto, na rua dos Pracinhas, no Benfica. A dupla efetuou quatro disparos e dois deles atingiram a cabeça da vítima, que morreu na hora. Cristiano era operário da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) e trabalhava no canteiro de obras do Benfica.

Nenhum pertence da vítima foi levado. Cristiano estava de bicicleta e com uma mochila nas costas. As características do crime apontam para uma execução. “Ainda estamos investigando o motivo”, diz Franco Pinheiro, diretor-adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O assassinato foi por volta das 7 horas.

A vítima morava no bairro Jardim Guanabara. Segundo o delegado, familiares de Cristiano contaram que ele era usuário de drogas.

Os homens que estavam na moto fugiram e, até a tarde de ontem, não haviam sido localizados. Este foi o segundo assassinato no Benfica em cinco dias. Na última quarta-feira, o professor e engenheiro civil Vicente de Paulo Leitão, 46, foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). O assalto foi na rua João Gentil, ao lado da Praça da Gentilândia.

“Quando vamos ter policiamento neste movimentado bairro? Quantas vidas ceifadas são necessárias para isso? Chega de violência”, reclama um dos internautas que postaram comentário ontem no O POVO Online. Está sendo organizado um ato público, que será realizado hoje, à 17 horas, na Praça da Gentilândia. A ideia é protestar contra a violência no bairro.

A área é de responsabilidade da 5º Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar (PM). O comandante, major Teófilo Gomes, diz que o policiamento no bairro é feito por duas motopatrulhas e por uma viatura do Ronda do Quarteirão. “A gente prioriza o corredor comercial, as paradas de ônibus e os acessos ao campus da UFC (Universidade Federal do Ceará)”, acrescenta.

Para ele, o policiamento tem sido suficiente. “A maioria das ocorrências é de pequenos furtos. Casos como o do professor destoam do normal. Ali, é uma violência extrema”, comenta o major.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA
O operário do Metrofor foi executado na rua dos Pracinhas, que corta a av. 13 de maio. A via fica a cinco quarteirões da praça da Gentilândia, onde um professor foi morto por assaltantes semana passada.

Saiba mais

O ato público no Benfica está sendo organizado pelo Sindicado dos Servidores do IFCE e pelo Diretório Central dos Estudantes do IFCE.

Vicente de Paulo Leitão era professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Na quarta-feira passada, ao meio-dia, ele estacionou seu carro - uma L200 preta - na rua João Gentil.

A esposa do professor ficou dentro do veículo e Vicente foi caminhando até uma gráfica para pegar um banner. Na volta, quando ia entrando no carro, foi abordado por dois assaltantes.

Segundo testemunhas, ele tentou retirar a esposa de dentro do carro e foi atingido com um tiro no peito.

Um adolescente de 17 anos e um jovem de 22 anos foram detidos pela Polícia acusados do crime.

SERVIÇO

O ato público em protesto contra a violência no Benfica será as 17 horas, na Praça da Gentilândia. A organização do ato solicita aos participantes que vistam branco e conduzam uma vela e um recipiente PET com fundo cortado. A missa de 7º dia do professor também está marcada para hoje, às 20 horas, na Igreja do Colégio São Vicente de Paula, na rua São Vicente de Paula, 300, no bairro Antônio Bezerra, onde o professor
morava.

Fonte: O Povo

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