Um homem de 44 anos é suspeito de ter executado com seis tiros sua ex-mulher, de 41 anos, na noite deste sábado (1º) em Barretos (SP). Maria Antônia Teófilo Lacerda foi baleada por volta das 21h30 na casa de sua filha mais velha, no bairro Rios, enquanto segurava duas
netas no colo, segundo a Polícia Civil. As crianças não foram atingidas pelos disparos.
O suposto autor do homicídio já tinha sido anteriormente indiciado por lesão corporal contra a vítima e, segundo a Polícia Civil, ele estava proibido, por meio de medida protetiva regulamentada pela Lei Maria da Penha, de se aproximar da mulher, de quem estava separado havia cinco meses. A medida tinha sido expedida depois que a moradora de Barretos registrou boletim de ocorrência contra o ex-marido alegando ter sido agredida e sofrido ameaça de morte.
Mesmo com o impedimento legal, o suspeito teria ido no sábado até a casa em que sua ex-mulher estava e discutiu com ela, minutos antes do homicídio, informou a polícia. Jennifer Talita Pereira dos Santos, filha de Maria Antônia, disse que sua irmã presenciou o assassinato. “Ela viu meu pai matar minha mãe na maior brutalidade, sem poder fazer nada. Primeiro ele discutiu e foi embora. Depois, chegou atirando sem ver quem estava pela frente”, disse.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, o homem foi detido na madrugada deste domingo (2) depois de reagir à aproximação policial e ser baleado com quatro disparos dentro do carro que utilizou para tentar se esconder. Preso em flagrante, o suspeito está internado na Santa Casa sob escolta policial e deve permanecer detido por meio de prisão preventiva requerida pela Polícia Civil.
O suspeito responderá por homicídio qualificado e violência doméstica. O caso será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Barretos (SP).
Inquérito policial
Em nota enviada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o delegado titular de Colina (SP), Fernando Cesar Galletti, informou que o suspeito chegou a ser indiciado em dezembro do ano passado após o término de um inquérito para investigar as ameaças e lesões alegadas pela vítima. O delegado confirmou que desde a conclusão do inquérito, que resultou na instauração da medida protetiva, não foram registradas novas ameaças ou o descumprimento da medida - caso contrário, segundo ele, a prisão teria sido requerida anteriormente.
Do G1 Ribeirão e Franca
Nenhum comentário:
Postar um comentário