A saúde do ex-presidente sul-africanoNelson Mandela, que está internado em estado crítico em Pretória, piorou nas últimas 48 horas, anunciou o porta-voz da Presidência da África do Sul, Mac Maharaj.
O anúncio de Maharaj ocorre após o presidente sul-africano Jacob Zuma ter cancelado, na quarta (26), uma viagem que faria nesta quinta (27) a Moçambique, país vizinho.
Mandela, 94 anos, está internado há quase três semanas, tratando de uma infecção pulmonar.
O estado do lendário líder quer lutou contra o apartheid -o violento regime de segregação racial da África do Sul- continua "crítico", há cinco dias.
A imprensa sul-africana afirma que Mandela estaria sobrevivendo com a ajuda de aparelhos, mas não há confirmação oficial dessa informação.
De acordo com a imprensa local, a família de Mandela já prepara um funeral.
O jornal sul-africano "City Press" publicou nesta quinta-feira que a família quer exumar os restos dos três filhos de Mandela - Makgatho,Thembekile e Makaziwe - para serem transferidos para o lugar onde poderá ser enterrado seu pai em Qunu, cidade na qual o ex-presidente cresceu e vivia antes de ser internado.
O chefe tradicional de Qunu, Nkosikazi Nokwanele Balizulu, confirmou em entrevista ao "City Press" ter dado a aprovação para a exumação dos corpos dos três filhos de Mandela.
"Fizeram um pedido - os parentes de Madiba (como Mandela é conhecido) - e eu estive de acordo", disse Balizulu.
Na terça-feira passada, a família de Mandela se reuniu com urgência para tratar de "assuntos delicados", entre os quais, segundo a imprensa local, o lugar onde seria o enterro.
Luta contra 'apartheid'
Mandela lutou durante 67 anos contra o regime do "apartheid" e passou 27 anos nas prisões do regime, onde contraiu os problemas respiratórios com os quais sofre de forma recorrente.
Após ser libertado em 1990, ele liderou junto com o último presidente do apartheid, Frederik De Klerk, o desmantelamento pacífico do regime segregacionista.
Eleito presidente em 1994, Mandela conquistou na Presidência uma improvável paz racial, depois de mais de quatro décadas de dominação racista da minoria branca da África do Sul.
Do G1, em São Paulo
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