“Fui eu que matei. Matei por roubo mesmo, não homofobia nem nada”, confessa Giuliano Diuran dos Santos Soares, de 18 anos. Ele foi preso na quarta-feira (26), em Angra dos Reis (RJ), suspeito de assassinar o empresário Paulo Sérgio Jerônimo da Silva, de 46 anos.
O corpo da vítima foi encontrado com mais de 30 facadas no início de junho, em um matagal do bairro Bracuhy. Um adolescente que, segundo a Polícia Civil, também estava envolvido no crime, foi detido e mostrou onde estava o cadáver. Paulo Sérgio era do Rio Grande do Norte e trabalhava no setor de hoteleria. Ele tinha uma pousada em Angra e outra em Canguaretama (RN).
No dia 13, o coordenador do programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento, foi à Costa Verde para obter informações sobre as investigações do homicídio. "A forma como ele foi morto tem diretamente, na minha opinião, uma relação com a orientação sexual da vítima. A humilhação, o número de facadas que ele recebeu, não tinha necessidade se fosse só a motivação latrocínio", disse Nascimento na ocasião.
A polícia, porém, descarta a possibilidade de um crime de homofobia. "Faltam algumas coisas ainda. Ele [o suspeito] está colaborando, está dizendo, está explicando a motivação, está sanando a dúvida sobre qual foi o real motivo do crime, que ele deixou claro que foi realmente por causado do roubo", explica o comissário de polícia Armando Daniel Campos de Oliveira.
A Polícia Civil informou que Giuliano vai responder por latrocínio (roubo seguido de morte).
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