Fred marcou gols nos quatro primeiros jogos em que esteve em campo na era Felipão e chegou à Copa das Confederações como um dos destaques individuais da seleção. Dois jogos depois, ele ainda está em jejum e viu o reserva Jô ir às redes duas vezes,
apresentando-se ao jogo mais vezes que o camisa 9 da seleção brasileira.
Os números do Datafolha mostram que Jô é acionado 4,5 vezes mais que Fred pelos companheiros. Ao todo, o centroavante do Atlético-MG esteve em campo em 17 minutos, somando as participações contra Japão e México. Nesse período, ele recebeu a bola 13 vezes, com uma média de 0,76 acionamentos por minuto em campo.
Fred, por sua vez, tem participado muito menos da partida. Até agora, ele atuou em 163 minutos, também considerando as duas partidas da fase de grupos da Copa das Confederações. Foram 29 acionamentos, com média de 0,17 por minuto.
Os dados confirmam a diferença de estilo entre os dois. Mais experiente, Fred aposta mais no posicionamento e se apresenta pouco aos companheiros. Mesmo quando fez gol, contra Inglaterra (duas vezes), Rússia e Itália, ele manteve a média de acionamentos. O problema é que, na Copa das Confederações, as oportunidades não estão aparecendo.
"Infelizmente a bola não está aparecendo para mim, mas tenho a cabeça tranquila, sigo trabalhando e procurando fazer o melhor. Temos de evoluir juntos e trabalhar para o gol sair na próxima partida", disse Fred.
Ambos são econômicos nas finalizações até agora. Juntos, ele chutaram três vezes a gol, sendo que Fred o fez uma única vez. Jô, nas duas chances que teve, marcou. Mais que o aproveitamento, o atacante atleticano se destaca pela mobilidade que apresenta à equipe, talvez fruto do esquema que o colocou em destaque.
"Lá [no Atlético] a gente brinca até que é a bagunça organizada. A gente se reveza, mas todos guardam posição. Aqui, na tática tem que ser mais regrado, mais fixo", diz Jô, que mesmo dentro de uma rigidez consegue ajudar a equipe.
"O Jô tem entrado bem, tem feito o pivô. Ele participa das jogadas aéreas com qualidade. Tem possibilidade, sim, de jogar", disse Luiz Felipe Scolari, que em entrevista recente destacou o fato do jogador ser canhoto, o que imporia uma dificuldade extra aos rivais.
Gustavo Franceschini, Luiz Paulo Montes e Paulo Passos
Do UOL, em Fortaleza
Do UOL, em Fortaleza
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