A tão sonhada cirurgia de redesignação sexual da modelo transexual Carol Marraprecisou ser adiada. Marcada para esta quarta-feira, 26, a operação não foi autorizada por falta de um laudo emitido por uma assistente social, uma exigência para que o procedimento seja realizado.
O adiamento irritou Marra: “Nessa época do ano é impossivel conseguir em tempo hábil. A
profissional será incumbida de conversar, não somente comigo, mas também com pessoas do meu convívio, amigos, parentes etc. No Brasil, ainda enfrentamos muita dificuldade para fazer a redesignação sexual, fora o preço da cirurgia que é alto e absurdo. Lá fora você paga e faz. Descobri que meu corpo pertence ao Estado, preciso de uma autorização legal para me readequar. Ou seja, alguém que não me conhece, não conhece as minhas angústias, alguém que não sabe nada da minha vida é quem vai decidir por mim?”, desabafou Carol.
A obtenção dos laudos só será possível após as festas de fim de ano. Enquanto isso, Carol estará em uma cobertura na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, acompanhada do novo namorado - que ela se nega a revelar o nome - para o réveillon. "Espero que 2013 seja um ano de fato novo. O que passou foi repleto de conquistas, batalhas. Que venha um ano ainda melhor pra todos nós. Não realizei meu sonho em 2012, mas em contrapartida terminei conhecendo alguém muito especial que me apoia, respeita e compreende".
Processo longo
Para realizar a cirurgia de redefinição sexual, os transexuais passam por um longo acompanhamento psicológico. Além de laudos emitidos por endocrinologistas, é preciso mostrar também um documento comprovando que a pessoa está em condições psicológicas para realizar a troca de sexo.
Uma assistente social precisa avaliar como é o dia a dia da paciente e se realmente ela leva uma vida como mulher. Já ao endocrinologista cabe analisar se Carol Marra é uma mulher transexual em um corpo de homem.
Luciana Tecidiodo EGO no Rio
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