sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Inri Cristo desdenha de profecia maia e diz que o mundo acaba todo dia


Incomodado com as reações diante da profecia maia sobre o fim do mundo, o homem que se proclama a reencarnação de Jesus, Inri Cristo, afirmou que as pessoas podem esperar um dia normal neste 21 de dezembro. Segundo o líder da Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, sediada no Distrito Federal, a vida humana acabará após a explosão
de bombas atômicas em vários cantos da Terra – em datas e horas diversas e desconhecidas.
“No dia 21, o mundo acabará para muitos [que morrerem até aquela data], mas a vida continua na Terra. Nós teremos que continuar, cada um de nós, a cumprir nossa missão. [...]A vida segue inexoravelmente”, afirmou.
“Eu vejo esse desespero, essa preocupação das pessoas em querer guardar comida, etc. uma falta de confiança nele, uma desinformação, uma estupidez. São aqueles que vão pela onda. Infelizmente, existem pessoas que, se ouvirem dizer que cocô de cachorro é vacina para Aids, sairão com um pratinho atrás de um quadrúpede canino para coletar excremento”, disse Inri Cristo.
Os eventuais casos de suicídio relacionados com a data também são vistos como “estupidez” por Inri Cristo. Ele diz que com isso as pessoas ignoram que estão retardando o suplício que as espera e que em uma próxima encarnação deverão passar novamente pelos mesmos problemas. Além disso, destaca que é um gesto impensado, delirante e que contraria as leis divinas.

Mas, mesmo não ocorrendo no dia 21, o líder afirma que “uma depuração na qual sobreviverão os chamados eleitos” é inevitável e que é tarde demais para que os homens consigam reverter essa situação.

De acordo com ele, nunca foi objetivo de Deus acabar com os seres humanos, mas o comportamento das pessoas –  procriando-se desordenadamente, violando leis naturais e criando “engenhocas” letais, como as bombas atômicas – as levará ao próprio castigo.
“Os seres humanos extrapolaram, ultrapassaram os limites da sanidade, do equilíbrio, da harmonia, da serenidade e da paz. Então eles plantaram e colherão. A lei eterna divina, sintetizada em duas palavras, é ação e reação, ou causa e efeito”, disse.
“Ele [Deus] criou leis perfeitas facultando aos terráqueos decidir, através do bom uso do discernimento, do equilíbrio, do raciocínio coerente, o que queriam para suas vidas. Só que os terráqueos ignoram que depois terão de voltar aqui. Daí eles semeiam ventos agora e colhem tempestades a posteriori.”
Para ele, os sinais dessa transformação estão cada vez mais evidentes e podem ser acompanhados pelos noticiários. Inri também recomenda que as pessoas estudem antropologia, biologia e história e afirma que uma comparação entre épocas diferentes revela que a humanidade está sendo preparada para essa mudança. Entre esses indícios estão as guerras, tempestades, inundações, epidemias, aumento da criminalidade e fome.
“A Terra está insustentável. Agora as guerras não serão meramente como nos tempos de Roma, por espólio. Agora as guerras são por comida, água”, diz. “São sete bilhões de pessoas – isso é estatística, mas estatística oficial, extraoficialmente é muito mais. São um bilhão de famintos.”
Segundo ele, a única forma de amenizar o caos seria compreender que ele voltou com um novo nome e é quem pode interceder pela humanidade. “Se os seres humanos conseguissem perceber – mas eu sei que é impossível agora – que Jesus é um nome obsoleto, é nome de bandido, de ladrão, de cafajeste, de gigolô, se parassem de invocar um nome obsoleto e descobrissem que voltei com um novo nome, Inri, então poderiam vir a mim e eu pediria ao meu pai, com todos unidos a mim, não para evitar, mas para amainar o que está por vir, que é inevitável. [...] Aqueles que rezam, pedem ao pai em nome de Jesus, não podem ser ouvidos.”
Quando chegar a hora em que a Terra passará pela transformação necessária para que ela recupere “equilíbrio, harmonia e paz”, Inri diz que os homens sentirão, verão e se horrorizarão com a explosão das bombas. ”Menos de um milhão de pessoas restarão vivas na Terra, e a maioria será constituída de mutilados que suplicarão a morte, e esta em princípio não lhes ouvirá.”
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Pedra com calendário maia é exposta em Tabasco, no México, em 2011 (Foto: René Alberto López/AFP Photo)
Pedra com calendário maia exposta no México em
2011 (Foto: René Alberto López/AFP Photo)
Profecia em pedra
A profecia maia sobre o fim do mundo teve sua origem no monumento nº 6 do sítio arqueológico de Tortuguero e em um ladrilho com hieróglifos localizado em Comalcalco, ambos centros cerimoniais em Tabasco, no sudeste do México.

O primeiro faz alusão a um evento místico que ocorreria no dia 21 de dezembro de 2012, durante o solstício do inverno, quando Bahlam Ajaw, um antigo governante do lugar, se encontra com Bolon Yokte', um dos deuses que, na mitologia maia, participaram do início da era atual.
Até então, as mensagens gravadas em "estelas" – monumentos líticos, feitos em um único bloco de pedra, contendo inscrições sobre a história e a mitologia maias – eram interpretadas como uma profecia maia sobre o fim do mundo.
Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do México, uma revisão das estelas pré-hispânicas indica que, na verdade, nessa data de dezembro os maias esperavam simplesmente o regresso de Bolon Yokté.
Raquel MoraisDo G1 DF




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